Comemoração de 12 anos da criação da Lei Maria da Penha reúne mulheres no CAM

O encontro contou com palestras e discussões sobre as melhores formas de se combater a violência doméstica, principalmente contra a mulher.

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Os 12 anos da criação da Lei Maria da Penha, completados hoje, dia 7 de agosto, foram lembrados ontem por diversas autoridades da rede de atendimento à mulher na cidade. O encontro contou com palestras e discussões sobre as melhores formas de se combater a violência doméstica, principalmente contra a mulher.

Realizado no Centro de Atendimento à Mulher (CAM) para comemorar e principalmente discutir melhorias na aplicação da lei, o evento contou com representantes das secretarias de Assistência Social, psicólogos, representantes do Fórum e das delegacias, como também a vice-prefeita Maria José.

Foram discutidas as melhores formas de cortar o mal pela raiz. Um deles, considerado pelos especialistas no evento, aborda a necessidade de métodos de tratamento psicológico dos agressores, já que o problema acaba se tornando “rotativo”, uma vez que o agressor está sempre trocando de parceira e seu problema com a agressividade, desenvolvido provavelmente devido a traumas do passado, permanece sem solução.

A agressão física e psicológica na infância também foi debatida, já que a atitude causa transtornos na personalidade de ambos. “Mulheres que sofreram violência e se sentem culpadas por isso têm histórico de agressão na infância. Geralmente elas também amam seus agressores. Ou seja, criou-se inconscientemente o termo ‘Eu amo o meu agressor’, que vai refletir nas escolhas, na personalidade dessa pessoa durante o resto da vida se não for tratado”, explica Edna Mônica Wobeto, psicóloga do CAM.

Em Vilhena há uma rede de apoio às vítimas mulheres que vai desde delegacia até abrigo para mulheres que necessitam de ajuda. Em casos de denúncias, os profissionais alertam: não é necessário estar com uma lesão visível para provar a agressão e a agressão verbal também é crime.

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Segundo monitor da violência do Portal G1, são 4.473 homicídios dolosos em 2017, um aumento de 6,5% em relação a 2016. Isso significa que uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil. Falta de padronização e de registros atrapalham monitoramento de feminicídios no país. Os dados foram divulgados em março de 2018.

Comemoração de 12 anos da criação da Lei Maria da Penha reúne mulheres no CAM
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FONTE: Semcom