Quatros dias após decreto que libera porte de arma, caminhoneiro mata dono de restaurante de Vilhena

Decreto presidencial publicado há quatro dias autoriza que caminhoneiros andem armados.

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Edemilson Gomes dos Santos foi morto com um tiro na cabeça.

Foi morto com um tiro na cabeça, na noite deste sábado (11), o empresário Edemilson Gomes dos Santos, 42 anos. Ele era proprietário de um restaurante que fica às margens da BR-364, a cerca de 25 km de Vilhena, no sentido Porto Velho. Pessoas que presenciaram o crime contaram à Polícia Militar que a vítima foi morta durante uma discussão com um caminhoneiro, que fugiu do local logo depois de atirar no comerciante.

Um homem que tentou intervir para cessar a discussão entre o caminhoneiro e o comerciante foi ferido por um golpe de canivete. A punhalada provocou um corte do lado direito logo abaixo do peito. Ele foi trazido para Vilhena e recebeu atendimento no Hospital Regional. O comerciante não teve tempo de ser socorrido e morreu no local.

Conforme relatos de testemunhas à PM, o empresário teria pedido para que o caminhoneiro mudasse seu caminhão de local, pois ele estaria atrapalhando a passagem de outros veículos. O pedido gerou uma discussão que resultou na morte. A informação é que a arma era do próprio comerciante, ele teria sido desarmado e morto. A polícia ainda não confirmou de quem era o revólver.

O crime praticado pelo caminhoneiro é registrado quatro dias depois da publicação no “Diário Oficial da União”, do decreto do presidente Jair Bolsonaro para flexibilizar o porte de arma de fogo para diversas categorias, entre elas, os caminhoneiros. Com o decreto, os profissionais do transporte podem andar armados nas ruas. A medida atinge ainda outras categorias.