VILHENA: PRF intercepta contrabandistas com quase 2 mil diamantes avaliados em mais de 1 R$ milhão

Quase duas mil unidades da pedra preciosa foram extraídas, possivelmente de terras indígenas. Suspeitos alegaram ter comprado por R$ 300 mil.

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Foto: Divulgação/PRF

A Polícia Rodoviária Federal de Vilhena (RO) apreendeu nesta sexta-feira (19) 1.930 pedras de diamantes, que seriam contrabandeadas de Rondônia para o Paraná. Um homem e uma mulher foram presos, eles disseram que venderiam os diamantes por mais de um milhão de reais. Segundo os agentes rodoviários, a apreensão ocorreu durante uma abordagem de rotina no posto da PRF, no KM 01 da rodovia federal BR-364, por volta das 6h da manhã.

O casal saiu de Porto Velho (RO) e seguia em uma caminhonete modelo S-10 com destino a Foz do Iguaçu (PR). Marido e esposa foram presos em flagrante. Os diamantes estavam dentro de três envelopes plásticos. Todos estavam acomodados na calcinha da mulher (41 anos).

O homem disse que é pedreiro e reside em Porto Velho. A mulher declarou que é fisioterapeuta e cursa medicina em Foz do Iguaçu.

Interrogados, o motorista, José (65 anos), declarou que negociou as pedras em Ji-Paraná pelo valor de R$ 300 mil por meio de uma residência de sua propriedade a qual seria transferida ao fornecedor do material. Ele não quis revelar o nome da pessoa envolvida na transação e declarou que não tinha qualquer documentação legal para o transporte e a comercialização das pedras preciosas. A esposa dele foi identificada apenas como Ozanilda. Ambos foram levados para a sede da Polícia Federal, em Vilhena, e responderão pelo crime de receptação de bens da União.

A PRF ainda não conseguiu apurar a origem das pedras. A suspeita é que elas foram extraídas ilegalmente da Reserva Roosevelt (RO), uma terra indígena habitada pelos índios da etnia cinta-larga, e seriam comercializadas na região sudeste do país.

A exploração ilegal na reserva Roosevelt, localizada em Espigão d’Oeste, ocorre desde 1999. Em 2004 ocorreu um dos maiores massacres no estado. Índios da etnia cinta-larga mataram 29 garimpeiros, que faziam a extração de pedras na área. Segundo dados divulgados à época pela Polícia Federal, cerca 5.000 homens, não indígenas, estavam dentro do território.