Governo de RO estima economizar R$ 20 milhões, após anúncio de prorrogar transposição

Estado acredita que emissão do decreto que autoriza a prorrogação virá nos próximos dias. Cerca de 3,5 mil servidores deverão solicitar a migração à União, estima Segep.

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Governo de RO espera economizar R$ 20 milhões por ano com a transposição dos servidores. — Foto: Governo Rondônia/Divulgação

Após o envio de um ofício ao Ministério da Economia (ME) na última semana e conversas em Brasília, o governo do Estado já dá como certa a prorrogação do prazo para que servidores do ex-território de Rondônia solicitem a transposição para quadros da União. Com a possibilidade, o governo estadual já estima economia de aproximadamente R$ 20 milhões por ano.

Segundo a Superintendência de Estado de Gestão e Pessoa (Segep), o governador Marcos Rocha (PSL) está em Brasília junto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para agilizar a emissão do decreto que autoriza essa prorrogação. A previsão dos envolvidos é de que a emissão aconteça em breve.

Na última quinta-feira (4), o governo estadual, por meio de um ofício da Segep, solicitou ao Ministério da Economia (ME) um alongamento do prazo. A decisão aconteceu dias antes do vencimento da data para esse processo, no último dia 8 de julho.

A expectativa agora é pela divulgação do decreto federal que autoriza o prologamento por mais 60 dias para que os interessados apresentem a documentação e manifestem interesse pela migração de suas folhas de pagamento à esfera federal.

Baixo comparecimento

O pedido de prorrogação veio após a taxa de comparecimento dos habilitados ficar abaixo da expectativa do governo. De acordo com dados da Segep, era esperado cerca de 5 mil solicitações, mas apenas 1,4 mil manifestaram interesse.

A superintendência acredita que a dispersão desses servidores pelo estado e a falta de atualização de dados pessoais foram as principais causas para que o comparecimento ficasse em apenas 28% do esperado.

“Acreditamos que os servidores demoram muito para acessar mídia social [de divulgação] e Rondônia é territorialmente muito grande. Tem gente que mora em sítio ou fora do estado e, portanto, demanda um certo tempo para se organizar e entregar os documentos pessoais e que comprovem o vínculo dele (com o ex-território). Além de não atualizarem os dados, como e-mail e telefone”, diz Júlio Martins, superintendente da Segep.

Atualmente, Porto Velho é o único polo no estado ao recebimento desses documentos. O fornecimento de endereço eletrônico, segundo o governo, também é importante, pois o comunicado do Ministério da Economia, informando se o servidor foi transposto ou não, é enviado por e-mail.

Caso aprovado, o servidor deve aguardar a emissão de uma portaria com todos os contemplados. Segundo a Segep, a média de servidores do ex-território de Rondônia aceitos na folha da União tem ficado entre 50 e 100 pessoas por mês.

Economia nos cofres de RO

O governo do Estado tem pressa em viabilizar o maior número de transposições possível. Isso porque os servidores que têm direito a migração, mas que ainda trabalham para o Estado, passariam a pertencer a folha de pagamento da União.

A Segep diz que essa transferência resultaria em uma economia de aproximadamente R$ 20 milhões anuais aos cofres de Rondônia.

“Nós estamos com mais de 1,5 mil processos [de transposição] em andamento e precisamos ativar mais de 3,5 mil. Os 60 dias passam a correr a partir da data de edição do decreto. Novamente faremos divulgação via rádio, TV, sites institucionais, além de ligar para esses servidores”, espera Júlio Martins.

 

Fonte: G1