Pílula anticoncepcional masculina é aprovada em primeiros testes nos EUA

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Imagem: iStock

Um grupo de homens testou por um mês uma nova pílula anticoncepcional masculina. Os resultados foram positivos e não mostrou efeitos colaterais graves ou a diminuição da atividade sexual, informou nesta segunda-feira a Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos.

O resultado dos testes realizados com este novo medicamento oral, chamado 11-beta-MNTDC, foi divulgado durante a reunião anual da Sociedade de Endocrinologia, em Nova Orleans.

O 11-beta-MNTDC é uma testosterona modificada, que tem ações combinadas de um hormônio masculino (andrógeno) e um progesterona, de acordo com Christina Wang, principal pesquisadora e uma das diretoras do Centro de Ciência Clínica do Instituto de Pesquisa Biomédica de Los Angeles (LA BioMed). “Nossos resultados indicam que a pílula, que combina duas atividades hormonais em uma, diminuirá a produção de esperma e preservará a libido”, afirmou Wang. Como o estudo foi feito O estudo foi feito com 40 homens saudáveis no LA BioMed e na Universidade de Washington. Dez participantes receberam uma cápsula de placebo diariamente com alimentos durante 28 dias e os outros 30 tomaram a 11-beta-MNTDC em diferentes doses: para 14 deles foi a de 200 miligramas, e para 16, a de 400. Entre os homens que tomaram a 11-beta-MNTDC, a testosterona diminuiu em nível médio equiparável à deficiência de andrógenos, sem efeitos colaterais graves.

Alguns participantes perceberam efeitos colaterais leves, como fadiga, acne e dor de cabeça. Já cinco informaram sobre uma tênue diminuição no desejo sexual e outros dois descreveram disfunção erétil leve, mas a atividade sexual não diminuiu.

Na comparação com quem tomou o placebo, os níveis dos dois hormônios usados para a produção de esperma diminuíram consideravelmente. Além disso, os efeitos da pílula foram revertidos após a suspensão do tratamento, segundo os pesquisadores.

A mesma equipe de pesquisa também está experimentando outro anticoncepcional oral, um “composto-irmão” conhecido como DMAU. O objetivo é encontrar a fórmula “com menos efeitos colaterais e mais efetividade”, de acordo com Stephanie Page, professora de medicina da Universidade de Washington.

 

Fonte: Portal Uol