WhatsApp muda regra e usuário agora poderá decidir se quer ou não entrar em grupos

Nova configuração será liberada a partir desta quarta-feira. Medida é tentativa de coibir propagação de notícias falsas

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Whatsapp no celular Foto: NICOLAS ASFOURI / AFP

O WhatsApp começou a alterar, nesta quarta-feira, as configurações de privacidade de seus usuários, permitindo que cada um decida quem e se podem adicioná-lo a grupos de bate-papo. O aplicativo tem cerca de 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo e vem tentando encontrar formas de impedir o seu uso indevido, principalmente a propagação de notícias falsas. A novidade será liberada aos poucos a partir desta quarta-feira, nos sistemas Android e iOS.

O serviço de mensagens disse em janeiro que limitaria o número de vezes que um usuário poderia encaminhar uma mensagem a cinco em uma tentativa de combater “desinformação e rumores”. Preocupações sobre o manuseio de informações pessoais pelo Facebook, dono do aplicativo, cresceram desde que a maior rede social do mundo admitiu em março que dados de milhões de usuários foram erroneamente coletados pela consultoria política Cambridge Analytica.

Para ativar a nova função, é preciso acessar as “Configurações” do aplicativo, clicar em “Conta”, selecionar a opção “Privacidade” e depois “Grupos”. O usuário pode escolher entre três opções: permitir que todo mundo possa convidá-lo para grupos, que só contatos do celular possam convidar ou então que ninguém tenha a permissão.

Se o usuário escolher que ninguém tem a permissão, ele terá que aprovar o convite cada vez que alguém chamá-lo para um grupo. Além disso, quando o usuário restringir os convites aos seus contatos ou a ninguém, se alguma pessoa de fora da sua lista de amigos convidá-lo para um grupo, ele não deixará de ver o convite – a solicitação aparecerá em uma conversa privada. Nesses casos, o usuário terá três dias para aceitar entrar no grupo – se ele não responder, o convite expira.

O WhatsApp, visto como uma ferramenta fundamental para comunicações e comércio em muitos países, foi adquirido pelo Facebook em 2014 por US$ 19 bilhões.

 

Fonte: O Globo