Um bebê de apenas dez dias, da cidade de Cerejeiras, foi encaminhado às pressas para Vilhena, na madrugada do dia 24, com quadro de falta de ar aguda. Ao chegar na UPA, o bebê foi encaminhado para o Hospital Regional, pois o quadro exigia uma UTI Neo natal.
Mesmo tendo sido regulado pelo sistema para atendimento em Vilhena, o bebê foi encaminhado por nova regulação à cidade de Ariquemes, distante 500km de Vilhena, além dos 125km de Cerejeiras a Vilhena.
A mãe, que já tinha viajado sob tensão, acompanhando o bebê de Cerejeiras a Vilhena e estava de resguardo da cesariana, foi obrigada a enfrentar os riscos da estrada, além da demora no atendimento, já que o recém nascido apresentou considerável queda na oxigenação.
A Secretária de Saúde de Vilhena, Weslaine Amorim, disse que ajudou a família, mas, não informou como e salientou que acompanha a questão do funcionamento da UTI neo natal desde quando era conselheira da saúde e que esta não é uma demanda só de responsabilidade de Vilhena. Weslaine defende que cada município cuide dos seus pacientes.
“Você já pensou se Vilhena cuidasse somente dos seus como seria top?”, Disse a Secretária em outra ocasião.
O Secretário de comunicação da prefeitura, Herbert Will, disse que o espaço da UTI Neo natal foi utilizado para atender a pandemia. “Chegamos a atender 300 pacientes em um dia, enquanto os casos de neo natal eram dois ou três por mês. Diante do quadro, optamos por usar o local para garantir melhor atendimento aos casos de Covid”, disse o Secretário.
Herbert informou ainda, que já foram adquiridos praticamente todos os equipamentos necessários para a reestruturação da UTI Neo natal e que a Secretaria de Saúde estuda o impacto do aumento na folha de pagamento, para a contratação de novos médicos.
USO DE AERONAVES NA SAÚDE
O caso acontece na semana em que o deputado estadual Jean Oliveira denuncia o uso excessivo de aeronaves do Estado, por parte do Secretário Estadual de Saúde, Fernando Máximo, para, segundo ele, autopromoção e politicagem.
A falta de gestão da Secretaria de Estado da Saúde negligencia situações como a do bebê cerejeirense, que poderia ter sido levado por uma aeronave com maior conforto, segurança e rapidez até Ariquemes.
