Amante da natureza e com o sonho de ser bombeiro, o garotinho Ariel de Lima Oliveira, de apenas oito anos de idade, vem enfrentando problemas para conseguir ser examinado por médicos do Sistema Único de Saúde – SUS – de Vilhena. Sofrendo com ataques de epilepsia convulsiva cada vez mais constantes, o menino aguarda na fila desde o ano de 2016 para realizar os exames que precisa.
A redação do Vilhena Notícias conversou com Dierlei Casimira de Lima, moradora do Bairro Primavera, 30 anos, desempregada, mãe de Ariel. Ela contou sobre o drama que vive junto com seu esposo e sua outra filha, de 11 anos, para de fato, manter vivo o sonho do pequeno Ariel.
Segundo a mãe, ainda com 1 ano e 6 meses, o corpo de Ariel começou a apresentar algumas bolinhas no pé, mas como na época ela trabalhava e o menino ficava com uma cuidadora, ela acreditou ser algum mosquito que o havia picado. Em um determinado dia, ele vomitou duas vezes pela manhã, o que fez com que ela o levasse ao Hospital. Na época ela morava no município de Buritis.
“Os médicos disseram que era infecção de garganta. Deram Dramin para cortar o vômito e mandaram a gente para casa. A noite ele piorou, vomitou inúmeras vezes e começou a sair uma espécie de gosma preta. Voltamos ao hospital e ele ficou internado. O Médico nos disse que o vômito havia entrado dentro do pulmão dele. E nos encaminhou para Porto Velho. Antes de chegarmos ele teve uma parada cardíaca e foi reanimado. Lá na Capital teve a segunda parada”, contou a mãe.
Ao ser intubado na UTI de Porto Velho foi constatado que Ariel tinha uma infecção degenerativa e que essa já havia se espalhado e chegado ao cérebro do garoto. O paciente chegou a ser desenganado pelos médicos. “Nos disseram que iam desligar os aparelhos por que, caso o Ariel conseguisse se recuperar da convulsão, mesmo assim ele não iria falar e nem andar. Mas Deus não deixou e três meses depois recebemos alta do Hospital.”, lembra a mãe.
Porém, quatro meses depois o drama voltou à tona e uma nova crise de vômitos e convulsões atingiu Ariel. A genitora conta que de lá pra cá nunca mais parou. O garoto não desenvolveu a fala e tem dificuldades de concentração e atenção, o que também são sinônimos de autismo.
“O primeiro encaminhamento que fizemos para que ele fosse examinado mais afundo foi no ano de 2016. Esse encaminhamento era para ter o retorno e não fomos chamados até hoje. E eu vou muitas vezes atrás. Até no CER – Centro Especializado em Reabilitação –
que era para ele ter acompanhamento psicológico colocaram numa fila de espera que nunca sai do lugar.”
MARÇO DE 2023
Uma nova crise em Ariel
Após passar pela UPA – Unidade de Pronto Atendimento – em Vilhena, mãe e filhos foram encaminhados para ‘passar pelo Neuro’. Até agora não foram chamados.
Dierlei procurou um consultório particular e realizou um pré-exame, o qual podia pagar, no valor de R$ 400,00. A questão é que esse exame realizado apontou a necessidade de apreciação mais detalhada. O médico consultado pediu outros 3 novos exames, que somados chegam ao valor de R$ 4.500, 00.
VAKINHA VIRTUAL
A família de Ariel só conseguirá realizar esses exames com a ajuda de terceiros. Por isso criaram uma Vakinha Virtual, onde qualquer pessoal pode contribuir. De acordo com a mãe, apesar de já ter lançado a campanha nas redes sociais, dela e de familiares conseguiu até agora apenas R$ 25 reais.
Para contribuir a chave Pix é: 69999261036
Ariel tem oito anos e é estudante da 3ª série na Escola Hermógenes em Vilhena.