Projeto da Unir lança podcasts sobre as histórias dos finalistas do Campeonato Rondoniense

Estudantes de Jornalismo entrevistaram jogadores, ex-jogadores, dirigentes e torcedores de Porto Velho e Ji-Paraná

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Quais são as histórias dos finalistas do Campeonato Rondoniense? Quatro estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Rondônia (Unir) decidiram pesquisar a fundo as trajetórias do Porto Velho Esporte Clube e do Ji-Paraná Futebol Clube, para narrar os principais feitos dos dois times que disputam a final do Campeonato Rondoniense de Futebol, marcada para este sábado (20), às 15h30min, no estádio Aluízio Ferreira, em Porto Velho.

Fabiany Araújo, Juliana Garcez, Loide Gonçalves e Midian Mascarenhas utilizam uma linguagem atrativa, para retratarem os bastidores e histórias inusitadas dos apaixonados por esses clubes. Os episódios fazem parte do Deu Bera, um projeto de extensão da Unir. Os conteúdos podem ser conferidos no Youtube e no Spotify do projeto:

Episódio do Porto Velho no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=ItY4wXyYWB4

Episódio do Ji-Paraná no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=wXqFPY6phyQ

Episódio do Ji-Paraná no Spotify: https://open.spotify.com/episode/3rHDVKxzHVk84VGz7d4F1l?si=qlisu5KERGyUswNEYkqQOQ&nd=1

Episódio do Porto Velho no Spotify:  https://open.spotify.com/episode/7dL89qIe2lc5X2odNHjvTq?si=4Q81k7jkQ0mmK_cAHnTDVg&nd=1

O Deu Bera é coordenado pelo professor Carlos Guerra Júnior. No trabalho de produção, as integrantes do Deu Bera fizeram uma pesquisa aprofundada. Elas entrevistaram nomes históricos do Ji-Paraná, como o camisa 10 do ano de 1991, Nilsinho. Naquele ano, o Ji-Paraná estreou na competição e faturou o título. Outro nome histórico foi o ex-atacante Jorge Efraim, que foi artilheiro do Campeonato Rondoniense em 2004.

Já pelo lado do Porto Velho foram entrevistados nomes como o volante Cabelo, que foi o primeiro contratado da história do clube e o atacante Emerson Bacas, que marcou gols nas duas finais em que o Porto Velho foi campeão, em 2020 e 2021.

Nos episódios do Deu Bera, também é possível de conferir como as diretorias dos clubes têm orgulho das trajetórias desses finalistas. Pelo lado do Porto Velho, o presidente Jedson Lobo exalta os feitos conquistados em tão pouco tempo, pois são apenas cinco anos de história e já é a terceira final do Campeonato Rondoniense que o clube irá disputar. Segundo Jedson, foi aplicado um modelo de gestão que resultou em recordes nas arquibancadas, nas vendas de camisas e em seguidores nas redes sociais. Já o diretor de marketing Anderson, do Ji-Paraná, mostra orgulho pelos nove títulos conquistados e defende o argumento de que o Ji-Paraná é o clube de Rondônia com maior reconhecimento nacional.

E na torcida essa paixão também se expande. No Porto Velho, o pequeno Fernandinho usa os uniformes do clube quase o dia inteiro e, em seu aniversário, os jogadores do clube foram mais prestigiados do que os seus familiares. Há também os torcedores que querem acompanhar o cotidiano do clube mais de perto e criam páginas nas redes sociais, como é o caso de Davi Fernandes, que foi entrevistado pelo membro do Deu Bera Davi Rodrigues, para contar sobre a página @pvh_dadepressão. Já no Ji-Paraná, o torcedor Marambaia pintou os galos de azul, para simbolizar o Galo da BR.

Em relação a estrutura, tanto os jogadores do Porto Velho como os jogadores do Ji-Paraná elogiam a forma como as diretorias de ambos os clubes tratam os atletas e reconhecem que houve um tratamento suficiente para garantir o sucesso. Maurício Leal e Guarate são jogadores do Porto Velho que falam sobre a atualidade, enquanto Kattê e Gabriel retratam o bom momento vivido pelo Ji-Paraná.

O Deu Bera também contou com um trabalho de sonoplastia minucioso. O professor Thales Pimenta coordenou a mixagem dos áudios, mas ainda houve envio de instrumentais de três produtores internacionais: Dj Pisto Rey (México), Az Pro (Moçambique) e IMBLGK (Moçambique). Além disso, o DJ Leudson cedeu um remix do hino do Porto Velho e ainda foram gravados áudios da torcida em festa para serem inseridos no podcast.

Sobre o nome

A expressão “Deu Bera” tem o objetivo de enfatizar uma vitória do estado de Rondônia no futebol. “Deu” é um sinônimo de venceu/ganhou na linguagem do futebol. Já “Bera” é o diminutivo de “Beradeiro”, expressão utilizada para identificar o povo rondoniense. A expressão “Beradeiro” inicialmente teve um cunho pejorativo, mas o povo rondoniense assumiu como afirmação identitária.

Desse modo, o podcast foi criado com o objetivo de valorização do futebol de Rondônia, mostrando as histórias de luta, sonhos, aflições, amor e conquistas em um estado onde o esporte muitas vezes não é tão valorizado.

Sobre o projeto

O Deu Bera é registrado como projeto de extensão da Universidade Federal de Rondônia, vinculado ao grupo de pesquisa e extensão BARRAS – Bloco de Ações em Rap, Rádio e Ausências Sonoras. Além das integrantes dos dois episódios, o Deu Bera ainda conta com a participação dos estudantes de jornalismo Davi Rodrigues, Emily Bravo, Gian Victor, Jorge Rodrigues, Júlia Cruz, Kyara Negretti e Lara Lívia.

Além do Deu Bera, o BARRAS promove ações integradas de rádio, rap e vozes não hegemônicas. O grupo produz um podcast sobre a música rap, denominado Barras Maning Arretadas, bem como irá lançar a revista “Versões Ausentes”, em que o intuito é abordar as versões silenciadas ao longo da história do estado de Rondônia.