Uma adolescente de 17 anos procurou a polícia na última sexta-feira (22) para denunciar que foi assediada sexualmente pelo padrasto. O homem convive com sua mãe há sete anos e, na noite do dia 17, entrou em seu quarto e pediu que ela mostrasse os seios.
Segundo o relato da vítima, ele disse que tinha um pedido a fazer e insistiu na proposta indecente. A menor recusou e contou o ocorrido à mãe, que mandou ela voltar a dormir.
No dia seguinte, a mãe levou a adolescente para a casa da tia paterna, orientando-a a não falar sobre o assunto com ninguém. A tia, porém, percebeu que algo estava errado e conversou com a sobrinha, que revelou o abuso. Diante da gravidade da situação, a tia procurou a mãe da vítima, para saber quais providências ela iria tomar e a mãe disse que teria que separar do marido, mas deixou claro que passariam por dificuldades financeiras e perderiam alguns ‘privilégios’, se apoiasse a filha.
A mãe da adolescente, ao saber que o caso foi levado à polícia, enviou mensagens à filha pedindo que ela voltasse para casa. Ela afirmou que havia pedido ao padrasto que saísse e que tudo voltaria ao normal. A vítima, no entanto, não quer mais morar com a mãe e prefere ficar com o pai.
A adolescente contou também para a polícia que em algumas situações o padrasto a deixava constrangida com certo comentários, e já chegou a dizer a adolescente que ela ‘precisava de um homem mais maduro e experiente’.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), que deve ouvir os envolvidos nos próximos dias. O padrasto pode responder por importunação sexual, crime previsto no artigo 215-A do Código Penal, que prevê pena de um a cinco anos de prisão. Uma medida protetiva foi expedida em favor da adolescente, para que o padrasto não se aproxime.