Com a aproximação do final do ano, o comércio passa a ser mais movimentado por conta das festividades, onde as pessoas circulam para fazer compras, viajar, além de trocar o veículo antigo por um novo. Com o dinheiro circulando no comércio, atrai a atenção de golpes aplicados por estelionatários, que veem a oportunidade de aplicar o crime contra a sociedade. A Polícia Civil de Rondônia (PCRO), por meio da Delegacia Especializada em Repressão às Fraudes (Defraude), faz um alerta para que a população não seja vítima de golpes e levem prejuízos financeiros neste final de ano.
O delegado titular da Defraude, Swami Otto, faz um relato sobre as práticas mais comuns de golpes que ocorrem nesta época. “É um período em que o comércio se encontra aquecido, com o 13º salário, festas natalinas e a Black Friday, de final de ano. Tudo isso é questão do mercado e justamente nesta época, os crimes de golpes financeiros aumentam, especificamente por telefone e até mesmo, em plataformas digitais”, declarou.
GOLPES DO E-COMMERCE
A fraude de e-commerce ou de pagamento, é um ato criminoso que ocorre durante uma transação comercial pela Internet, em que muitos sites falsos de venda não oferecem o produto que realmente anunciam. “Às vezes a pessoa quer comprar algo para o Natal, por exemplo, e acessa um determinado site e vê uma oferta vantajosa de determinado produto, porém, ele não existe e com isso, acaba perdendo o dinheiro”, explicou.
FALSO INVESTIMENTO
Também está em alta os sites que oferecem investimentos, com propostas bem vantajosas, além de prometer rendimentos mensais altos. O chamado golpe do falso investimento, que envolve golpistas se passando por assessores financeiros ou consultores de investimento. “Muitas das vezes, aqueles que querem ter um retorno rápido, acabam gastando o dinheiro que recebeu de 13ª e salário , porém, na verdade, o investimento não existe”, alertou.
DICAS
O delegado faz um alerta à população, para que não caia em nenhum tipo de transação feita pela internet. “Quando se pensa em golpe, a orientação tomar cuidado com ofertas que parecem ser boas demais, porém, não existem. Ao efetuar compras em sites não confiáveis, nunca fornecer dados do cartão de crédito para terceiros, e não fazer transferências para contas de pessoas que sejam estranhas à negociação”, pontuou.
É preciso ficar atento para propostas de venda ou investimentos, que são acima do comum, se tornando cada vez mais atrativas. “Aquilo que foge do comum, não dá para acreditar, pois não é possível ter um retorno rápido de investimento, ainda mais com porcentagens altas. Ou então, um produto que normalmente é comercializado por um valor, mas é anunciado pela metade do preço, as vezes até menos. É preciso ter cuidado com essas ofertas muito vantajosas”, ressaltou.
As redes sociais também viraram canais para a prática de golpes. O delegado chama a atenção para as invasões de contas dos usuários, especificamente no Instagram, onde os golpes praticados pelos criminosos viraram mais rotineiros.
“Hoje são vários usuários que já tiveram seus perfis invadidos, e começam a ser publicados anúncios de vendas de produtos para ajudar alguém, além das tabelas do Pix, com a promessa de que se for mandado um valor pequeno, receberá o dobro ou até mais. Qualquer oferta fácil anunciada pela internet, pode ser considerada golpe”, salientou.
SEGURANÇA
Para garantir a proteção dos perfis em redes sociais. É importante sempre habilitar um código de segurança, com gerenciadores de senhas, e também, nunca deixar como forma de recuperação de senha, o número de telefone, principalmente se for comercial.
ORIENTAÇÕES
Em casos de golpes, o delegado também dá orientações para que as vítimas possam tomar suas providências. “A primeira coisa que vítima precisa fazer, é entrar em contato com o banco, para tentar fazer o bloqueio da transferência do valor que ela encaminhou. Além disso, juntar o máximo de provas é fundamental para fazer a ocorrência policial sobre o golpe. Quando é feita uma compra on-line, é importante ter atenção total e se certificar bem do site que está comprando, fazer uma pesquisa antes, pode resolver muita coisa”, concluiu.