Com um colégio eleitoral estimado em mais de 104 mil votos (segundo dados da 4ª zona eleitoral), a região Cone Sul de Rondônia corre o risco de ficar sem um representante caseiro na Câmara Federal, pelo menos nos próximos quatro anos.
São quatro os nomes que se lançaram para a disputa e, é notório que o principal entre eles, capaz de agregar votos suficientes para se eleger e ser o porta voz da região no Congresso Nacional é Melki Donadon (PDT), ex-prefeito de Vilhena e de Colorado D’Oeste.
Os mais otimistas com a candidatura estimam que Donadon começa uma campanha com pelo menos uns 30 mil votos já garantidos na região, porém, ao que tudo indica, ele não dependerá apenas de votos para garantir uma vaga, mas que a Justiça Eleitoral o deixe ser de fato um candidato com registro deferido.
Sua candidatura já foi, por vias de fato, protocolada e aparece na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o status “aguardando julgamento”, mas na última sexta-feira (18) o Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação de impugnação do registro, sob a alegação de que ele tem uma ação penal à qual foi condenado por colegiado de desembargadores, duas ações de improbidade administrativa pelas quais teve seus direitos políticos cassados, por 5 anos, e quatro reprovações de contas julgadas pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, com isso não teria condições de ter a candidatura deferida
Resta agora saber se Melki Donadon conseguirá superar os entraves judiciais.
E os outros…
Nome conhecido até mesmo nos rincões de Rondônia, Evandro Padovani é ex-secretário de Agricultura do Estado e, sobre ele, o ex-governador Confúcio Moura chegou a dizer: “um homem sonhador. Trabalha com o hoje, e o binóculo no futuro. Não dá um movimento, um passo, sem antever bem longe, onde pode chegar”. Agora é esperar para ver se as palavras de Confúcio sobre Padovani são de fato verossímeis.
Outro na disputa é o evangélico Jacy Alves, que mesmo com pouca instrução escolar, apenas o ensino fundamental incompleto, foi vereador de Vilhena por cinco mandatos consecutivos. Sua primeira posse como legislador foi em 1º de janeiro de 1993. Em 2012, mesmo tendo chances de garantir o 6º mandato ele decidiu não disputar cargo político.
Sua chance de se eleger é mínima, mas seu retorno à atividade de político pode ensaiar uma candidatura para vereador em 2020.
Outro com pretensões de voar alto é o atual vereador vilhenense de 1º mandato, Ronildo Macedo, do Partido Verde. Terceiro mais votado (1.185 votos) nas eleições municipais de 2016, ele conta com o apoio de deputados, como Luizinho Goebel, do mesmo partido, e colegas do parlamento municipal.