A Polícia Civil concluiu, esta terça-feira (21), o inquérito que apurava o assassinato do trabalhador braçal Oziel Nascimento de Lima, mais conhecido como “Ziel”, morto a tiros no dia 13 de julho de 2014, aos 36 anos de idade, enquanto bebia cerveja em um bar do Setor 29, em Vilhena. Conforme o delegado Nubio Lopes de Oliveira, da delegacia de homicídios, o crime foi cometido pelo adolescente Dhiony Siqueira, à época com 15 anos de idade.
De acordo com informações do delegado, a motivação do crime não ficou totalmente esclarecida. Houve na época, segundo Lopes, um delator que teria apontado o pai do adolescente como mandante do crime, mas essa versão jamais foi confirmada. “Não temos evidências concretas de que o pai pediu para que o filho matasse a vítima e por isso não há possibilidade de indiciá-lo”, explicou Lopes, que aponta ainda a impossibilita do pai do menor em depor: “ele [pai do Dhiony] tem problemas graves de saúde e está numa condição de completa incapacidade para prestar depoimento”.
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Morte do acusado
Mesmo com idade para ser responsabilizado penalmente com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e do Estatuto da Juventude, Dhiony Siqueira, conhecido como “Cristo Rei”, jamais respondeu pelo ato infracional. Na época ele deixou a cidade e se transferiu para o estado do Mato Grosso e, no dia 1º de maio de 2017, aos 17 anos, foi morto na cidade de Várzea Grande, depois de ter sido linchado por populares após ser flagrado roubando. A morte aconteceu a 30 dias dele completar a maioridade.
Como o acusado do homicídio faleceu, o inquérito foi concluído e o caso encerrado.
Matou um e deixou outro gravemente ferido
Antes de deixar Vilhena e se mudar para o estado vizinho Dhiony Siqueira praticou outro delito grave. Ele foi apontado pela Polícia Civil como autor da tentativa de homicídio, ocorrida no dia 12 de julho de 2014, contra o atendente de lanchonete Carlos Alberto dos Santos, então com 21 anos, na barraca “Parada Obrigatória” dentro do Parque de Exposições Ovídio Miranda de Brito, durante as festividades da 29ª Expovil. Segundo laudos médicos da época, o projétil destruiu ossos do maxilar de Carlos e o deixou com sequelas.
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