
As mortes violentas em Rondônia caíram 12,8% entre janeiro e abril deste ano, segundo revela dados divulgados pelo Monitor da Violência nesta quarta-feira (12). Os números oficiais foram repassados ao G1 pela Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec).
No primeiro quadrimestre deste ano, o estado registrou 148 assassinatos violentos. No mesmo período do ano passado foram 167.
Até agora, janeiro foi o mês mais violento de 2019. Ao todo, 44 pessoas foram assassinadas no estado, o que representa pelo menos uma morte violenta a cada dia.
Já abril foi o que teve menos assassinatos neste ano, com 31 vítimas. Isso representa uma queda de 27,9% em relação ao número de mortes em abril de 2018, quando ocorreram 43 execuções.
A tendência de queda nos homicídios ocorre em todo país e foi antecipada pelo G1 no balanço dos dois primeiros meses do ano.
Para entender o que pode estar por trás da tendência de queda, especialistas, integrantes e ex-integrantes dos governos e entidades foram consultados para levantar as principais medidas tomadas que podem ter resultado na queda da violência.
Entre as medidas adotadas estão:
- Ações mais rígidas em prisões, como constantes operações de revistas e implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD)
- Isolamento ou transferência de chefes de grupos criminosos para presídios de segurança máxima
- Criação de secretaria exclusiva para lidar com a administração penitenciária
- Criação de delegacia voltada para investigar casos de homicídios
- Integração entre as forças de segurança e justiça
Como o levantamento é feito
A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.
PÁGINA ESPECIAL: Mapa mostra mortes violentas no país
METODOLOGIA: Monitor da Violência
O levantamento é uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Fonte: Monitor da Violência/G1