Profissionais entrevistam moradores de rua e preparam projeto de inclusão social

De acordo com o que foi falado pelos moradores de rua, o alcoolismo é a maior causa de tê-los feitos escolher viver à deriva.

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Há tempos o núcleo da Defensoria Pública de Colorado do Oeste tem realizado atos em benefício da população de rua da região.

E, dia 10 de julho foram colocados em ação os planos de inclusão social dos que vivem nessas condições, para que eles tenham todo o apoio necessário na reversão desse cenário.

Sendo assim, a Defensora Pública da comarca, Flávia Albaine, juntamente ao psicólogo Daniel Antônio de Toledo Gomes e a assistente social Carla Cristina Reis Silva Antero, ambos do CREAS (Centro de Referência Especializada de Assistência Social de Colorado do Oeste), deram início à primeira etapa da ação, chamada de “busca ativa”.

“Fomos in loco conversar com esses moradores de rua para escutarmos as suas histórias e entendermos os motivos que os levaram até essa situação. Também houve distribuição de mantimentos e solicitações de atendimentos médicos para os que precisavam”, conta Flávia.

Segundo a profissional, essas são algumas das medidas que entrarão em vigor para a inclusão social dos que vivem pelas ruas.“Tudo com base no protocolo de atuação em favor dessas pessoas, elaborado pelo Conselho Nacional dos Defensores Públicos, assim como nos conhecimentos da psicologia e assistência social”, esclarece.

A Defensora ressalta que esse é um direito desses cidadãos, além de um dever do Estado de interferir em prol dos vulneráveis.

MAIS AÇÕES QUE VIRÃO DIANTE DOS DADOS COLETADOS NAS RUAS
Com base nas informações adquiridas, os profissionais darão continuidade ao trabalho de inclusão, entretanto, não apenas com a distribuição de cobertores ou alimentos. Os recursos têm pretensões maiores.

De acordo com o que foi falado pelos moradores de rua, o alcoolismo é a maior causa de tê-los feitos escolher viver à deriva.

“Desse modo, vamos elaborar um estudo social de cada morador de rua abordado e traçando metas individuais de inclusão social dessas pessoas. Assim, buscaremos reestruturar os seus núcleos familiares e os encaminhamentos para os órgãos de rede”, esclarece Flávia.

E finaliza: “Também estamos planejando a realização de rodas de conversas com esses moradores, para que eles possam ser incentivados e acreditem na possibilidade real de reinserção social”.