Casal é preso por fraude a licitação e falsidade ideológica durante operação em RO

Suspeitos também são investigados por lavagem de dinheiro. Ação foi um desdobramento da Operação Amicus Falsus da Polícia Civil.

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Um casal foi preso na última sexta-feira (18) em Porto Velho pelos crimes de falsidade ideológica, fraude a licitação e lavagem de dinheiro, que teriam sido cometidos no município de Costa Marques, distante cerca de 714 quilômetros da capital. As ações fazem parte do desdobramento da operação Amicus Falsus da Polícia Civil.

As investigações apontam que o suspeito, um empresário da cidade, tinha contratos de altos valores com a prefeitura de Costa Marques desde 2017, mas as empresas, que estavam em nomes de terceiros, não tinham condições para suportar esses contratos. Com isso, a polícia acredita que o homem pode ser “laranja” de outros, com maior poder aquisitivo.

Já a mulher, namorada do empresário, seria uma “laranja” do suspeito. Segundo o delegado que investiga o caso, Reinaldo Reis, a suspeita teria uma empresa no nome dela, no entanto, ela não apresenta condições financeiras para manter o estabelecimento.

“Uma das empresas encontra-se no nome dela. Então ela responde por falsidade ideológica. Declara que tem uma empresa de capital social de R$ 150 mil, mas foi encontrado com ela um cartão do Bolsa Família. Não tem condição financeira de ter uma empresa. Ela é laranja do verdadeiro dono”, explica o delegado.

O casal, que teria fugido de Costa Marques, teve prisão preventiva decretada. Os investigadores contaram com a ajuda do Departamento de Estratégia e Inteligência da Polícia Civil e de policiais de São Francisco para identificar onde os suspeitos estavam escondidos.

“São todos crimes contra a administração pública. Ele vendeu o mercado, se desfez das coisas deles, efetuou a mudança e foi morar em Porto Velho de repente. Ele se evadiu da cidade e a prisão preventiva foi expedida. Ele responde a uma ação penal e tem outros três inquéritos contra ele”, conta o delegado.

O casal foi preso em Porto Velho, mas deve ser transferido para presídios de Costa Marques.

Fonte: G1/Rondônia