Saúdo as mulheres de Rondônia, batalhadoras, mães de família. Mulheres que se destacam do campo às cidades.
Lembro-me de minha mãe e de minha avó. Quantos de nós lembramos de nossas mães de nossas avós, e quantos ainda têm a alegria de ter por perto essas mulheres maravilhosas!
Em nosso País, a sociedade também se modificou no que diz respeito à mulher em posição de liderança e comando, especialmente, no mercado de trabalho.
Até há pouco tempo, ela era reconhecida apenas como “a senhora do lar”, cuja função básica era a continuação da prole, entretanto, há muito vem atravessando barreiras e superando padrões.
Mulheres hoje inspiram os homens para que atuemos com integridade de caráter, com honradez, para transformar o nosso estado e o nosso País. Toda a população de bem espera que o Brasil se desenvolva.
“Mais do que ser mulher, ou ser homem, precisamos tanto hoje do ser humano de caráter, pessoa que trabalhe e tenha atitudes competentes, dedicadas, honestas e honradas.”
Atualmente, a mulher ingressa no mercado de trabalho e não raro ocupa os cargos de chefia em organizações públicas e privadas. Também se destaca nos Três Poderes da República.
Um olhar sobre o passado do velho território federal faz descortinar diversas mulheres consagradas em suas atividades, e elas são muitas. Passaria mais tempo lembrando o que fizeram de bom para Rondônia, porém, me limito a alguns exemplos vivos e relembro algumas que se foram.
A notável promotora de Justiça, doutora Lady Fischer Fernandes, atendia a todos com distinção em seu gabinete, no Prédio do Relógio, quando ali funcionava o Fórum da Comarca de Porto Velho.
Nesse mesmo período dos anos 1970, a aguerrida professora Marise Castiel brilhava no Plenário da Câmara de Vereadores, ali na Ladeira Comendador Centeno, desfraldando as causas da educação e também a problemática social.
Dona Marise, que as gerações mais antigas conheceram bem, participou em 1947 da instalação do primeiro curso normal regional então projetado por outra mulher distinta em nossa história: a professora Laudímia Trotta, primeira-dama do território, que ocupava naquele período o cargo de diretora de educação.
Pessoas simples, flagelados pela cheia do Rio Madeira, nem precisavam bater às portas do Palácio Presidente Vargas, pois a primeira-dama, dona Gilsa Guedes, as visitava e amparava no momento em que estavam desalojados, entre 1976 e 1979.
As primeiras eleições do estado, em 1982, deram de presente a primeira prefeita eleita no estado, em Espigão d’Oeste, e mais tarde deputada estadual, a saudosa Lúcia Tereza Rodrigues dos Santos.
Mais tarde, em 1984, a então secretária de planejamento Janilene Melo assumiu o governo do Estado, cabendo-lhe na história comparecer ao lançamento e participação da execução do robusto Programa de Desenvolvimento Integrado para o Noroeste do Brasil (Polonoroeste).
Grandes senhoras! Mulheres de fibra! Inteligentes, sempre dispostas, corajosas, prontas para atender e socorrer as pessoas em suas necessidades e em legítimas reivindicações.
Nas barrancas do Rio Madeira, em sua extensão até os garimpos de ouro, mulheres anônimas se dividiram em múltiplas atividades no trabalho diário de dragas e balsas. Verdadeiras heroínas protagonizaram o cenário predominantemente ocupado por homens.
Hoje, a sociedade moderna rompe o paradigma de que apenas os homens devem estar no poder, responsabilizando-se e direcionando organizações públicas e privadas, ocupando cadeiras nos plenários das instituições, ou chefiando a família.
Nesse aspecto, e agora dando segmento ao que Rondônia vivenciou, desde o período territorial, encontro-me governando com a participação direta de minha esposa, a secretária estadual da Assistência e Desenvolvimento Social (Seas), Luana Rocha.
Com sabedoria, ela consegue conjugar a vida de mãe e o feliz desempenho até agora conseguido no quadro de servidores do primeiro escalão governamental; dela eu presencio o trabalho competente à frente da Seas, e me asseguro que terei mais notícias alvissareiras em prol de famílias carentes e da sociedade rondoniense.
Outras mulheres exercem lideranças em nosso governo, em diferentes secretarias, superintendências, em escolas, unidades de saúde, hospitais, quartéis militares, e demais órgãos públicos. Sejam todas reconhecidas pelo que fazem para a construção deste estado.
No Brasil, as mulheres buscam cada vez mais a determinação, o emponderamento, o bem-estar, demonstrando inteligência, coragem, e dedicando o seu amor para dividir o poder com o público masculino que até pouco tempo atrás predominava nos cargos de chefias de empresas privadas e no poder público.
Quero compreender que não se trata de missões facilmente cumpridas, mas de um grande desafio para todas, seja na saúde, na educação, até no comércio.
Ser mulher é uma condição de enfrentamento de desafios que exigem muito mais esforço, a exemplo do ato de conciliar o papel de profissional com os demais compromissos, entre eles, o da criação dos filhos, o sustento da família.
A todas essas mulheres, cada vez mais reconhecidas, muitas delas, sofridas em suas rotinas de encarar conflitos, dedico a homenagem do Governo de Rondônia a quem dá muito mais de si, em qualquer circunstância, para que o Estado, o País e o Mundo sejam melhores.
A todas elas, nossos votos de gratidão e de felicidades.
Marise Castiel: pela educação, desde 47
Janilene Melo, em 1982: novo estado
Gilsa Guedes, em 1975: dedicação plena ao social
CORONEL MARCOS ROCHA
Governador do Estado de Rondônia
Fonte
Texto: Governador Marcos Rocha
Fotos: Ésio Mendes, Leandro Morais e arquivo Sejucel
Secom – Governo de Rondônia