O mercado de esports agita o Brasil e cresce mesmo em meio a pandemia.

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O que era antes conhecido apenas pelos aficionados em jogos, hoje, o esports é uma realidade cada vez mais presente na vida brasileira. Equipes são formadas para competir disputando prêmios que podem chegar na casa dos milhões em jogos como Fortnite, League of Legends, Counter Strike, Free fire dentre outros jogos que são destaques nesta categoria.

Grandes times de futebol, marcas e personalidades entraram neste mundo aumentando a popularidade deste segmento. Mesmo com a pandemia do COVID-19 ainda sendo um fator de preocupação, o mercado de esports tem sido bem resiliente.

A pandemia também atingiu o mercado de esports, fazendo com que diversos eventos tenham sido cancelados entre o ano de 2020 e 2021, entretanto o setor soube se readequar de forma rápida. Dentre os fatores que contribuem para tal, podemos citar dois fatores que se destacam.

Primeiramente podemos apontar que a crise aumentou o consumo de jogos digitais e isto impulsionou também o engajamento do público em partidas profissionais. Temos como exemplo o campeonato Worlds 2020, campeonato mundial de League of Legends, organizado pela sua desenvolvedora Riot Games, chegando a marca de aproximadamente 46 milhões de espectadores simultâneos. Não atrás, nesta crescente o campeonato CBLoL 2021 (Campeonato Brasileiro de League of Legends) teve um aumento de 18% na média de espectadores no 1º split. Em um único um dia chegou a ter 336 mil espectadores. A segunda etapa do evento está programada para ocorrer a partir do 5 de junho.

O segundo ponto é que o mercado de esports soube ser resiliente e se readequar às adversidades que a pandemia gerou para todo o mundo. Onde ontem eram ingressos sendo vendidos para partidas presenciais em grandes arenas, hoje, o negócio é mais focado em eventos em arenas menores e mais direcionado para um público virtual, vendas de tickets online e serviço de streaming.

Todos este movimento não passou despercebido. Clubes de futebol, grandes empresas e personalidades como Ronaldo Fenômeno entraram neste mundo. Sabemos que grandes times como Santos, Flamengo e Corinthians foram os pioneiros do campo dos esportes e continuam investindo neste mercado.

Ronaldo Fenômeno, por exemplo, já está neste mercado desde 2017 junto a Andre Akkari jogador de pôquer, com a entrada na equipe de e-sports CNB. Já neste ano Ronaldo mesmo em meio a pandemia criou a holding Oddz network focada em investimentos nos mercados de e-sports, entretenimento, marketing e comunicação, isto mostra a confiança no futuro deste setor.

Grandes empresas não ficam atrás. A Netshoes na semana passada, anunciou o lançamento do time Netshoes Miners, que pretende participar de torneios de League of Legends e Free Fire. Já a  Rivalry que já opera neste setor mundialmente, de olho nesta crescente focou suas negociações em apostas on-line de partidas e campeonatos de E-sports se tornando referência no Brasil.

Isso se deve as suas atraentes condições de apostas e promoções e também a academia que tem lições para entender como ter boa  rentabilidade na plataforma.

Isto mostra o quanto este mundo oferta uma grande variedade de negócios diferenciados. As oportunidades de negócio não se limitam apenas no investimento em times mirando prêmios e sim na publicidade, apostas, venda de direito de transmissão e venda de ingressos online.

Um dos fatores decisivos que garantem a estabilidade desta gama de negócios é alguns destes recursos já serem bem difundidos dentro desta comunidade. A audiência é composta por pessoas mais jovens que são fortemente engajadas neste mundo isto é algo que torna este mercado muito resiliente e rentável.

O interesse por jogos de dispositivos móveis atrai muita audiência, por exemplo, por Free Fire, tem intensificado este movimento, pois o acesso a este tipo de dispositivo é muito mais comum que de outras plataformas como computador e consoles.

O mercado brasileiro neste quesito é dos maiores do mundo e tem uma grande estimativa de crescimento. Durante um painel no BIG Festival um estudo da empresa de consultoria Newzoo aponta que a projeção é que o mercado de jogos digitais em geral no Brasil supere a marca dos R$12,3 bilhões em 2021.

Também um estudo da mesma empresa de consultoria aponta que até 2022 o mercado brasileiro de esports deve movimentar mesmo em meio a pandemia a quantia de US$ 1,8 bilhão (mais de R$ 9,5 bilhões).