QUEBRANDO PRECONCEITO – Quando falamos sobre os cães Pitbull, a personalidade deles, muitas vezes, se torna um assunto polêmico a ser discutido. É muito comum as pessoas terem um certo preconceito e acharem que todos os cachorros da raça são agressivos.
Porém, a professora Ariane Troguilho, do Centro Médico Vetetinário Faron, explica que não é assim que funciona. Não se pode generalizar. Na verdade, o que influencia no comportamento do animal, é sua criação e a forma como tudo lhe é ensinado. Vamos quebrar alguns paradigmas conhecendo mais sobre a personalidade e o comportamento deles.
Mas é claro, não podemos negar que o Pitbull é sim um animal diferente dos demais. E diferente não significa que ele é perigoso. Ele apenas impõe respeito, principalmente devido a fama de ataques recorrentes. Por isso, muita gente não quer nem chegar perto dele. E também, muita gente quer ter ele para mostrar virilidade. Ambas situações são extremas e não deviam acontecer.
O temperamento do Pitbull, de forma geral, é moderado, como de qualquer outro cão. Ele é um cachorro forte e rápido e isto faz com que os instintos, quando ativados, podem levá-lo a situações extremas. Por isso, recomendamos que você acompanhe o texto para entender um pouco mais sobre como lidar com o cão, seja se você for um tutor ou apenas por curiosidade.
Uma das raças mais companheiras
A especialista explica que eles são muito inteligentes e leais aos seus tutores e que essa são as características da personalidade do Pitbull. Esses cães querem sempre proteger e agradar a seus tutores, por isso, são muito obedientes. Com isso, vão se tornar verdadeiros protetores das pessoas que amam.
“Para eles, é fundamental a presença do dono ao seu lado. Se sentem seguros e amados, retribuindo tudo isso com sua lealdade. No entanto, essa relação acontece com paciência e, principalmente, confiança de ambas as partes”, afirma.
Os Pitbulls adoram socializar com pessoas
Como as relações são baseadas na confiança, para ele poder socializar com estranhos ou com novos membros da família, ele precisa se sentir seguro. Depois disso, pode se tornar um dos melhores amigos. No entanto, com outros cães e animais diversos essa relação não é tão amigável. O comportamento do Pitbull pode ficar diferente na presença de outros bichos no mesmo ambiente.
“É uma questão de compreender também as necessidades do animal. Se alguém que você não conhece entrar na sua casa, sem pedir licença, você não vai reagir? O mesmo acontece com o animal. Outra situação é saber do que o animal não gosta, o que o assusta ou pode despertar nele o instinto de se proteger, os cães em geral não gostam de máscara por exemplo, porque não conseguem reconhecer a pessoa com quem estão lidando”, explica.
Crianças e Pitbulls
Se em sua casa há crianças ou pretende ter futuramente, não precisa se preocupar com o temperamento do Pitbull perto delas. Tudo vai na base da confiança, que, quando conquistada, dificilmente é perdida. “Por isso, as crianças precisam se tornar amigas e conquistar a confiança do cão para que ele permita ser tocado por elas. Depois disso, eles se tornarão grandes amigos e vão se divertir muito juntos, inclusive no início, o pitbull era considerado um cão babá, justamente pela capacidade de cuidar”, enfatiza a especialista.
Espaço para os cães
Por serem naturalmente cães de porte grande, os Pitbulls necessitam de espaço para correr e brincar. Então, talvez não seja a melhor escolha para quem mora em apartamento ou local pequeno. “Um local aberto pode ser o melhor lugar para o Pitbull morar. Uma casa com quintal grande, por exemplo, terá muito espaço para ele se locomover, jamais deixar o animal preso o dia todo e soltar só a noite, por exemplo, isso não é saudável para nenhum cão”, destaca.
O Pitbull é um cão comum, como qualquer outro. A diferença é que ele pode ser estimulado e ao ficar agressivo tem muito mais músculos, uma mordida mais pesada, é muito mais forte. E isto é horrível, pois o animal sofre e torna-se um cão estressado, ansioso e muito obsessivo. Logo, se você quiser usar ele como guardião do seu quintal, precisará ensiná-lo a quem deve atacar e a quem deve respeitar. Mas isto nem sempre é fácil. Ou seja, respeitar o Pitbull é um dos melhores caminhos a seguir por quem quer de fato aproveitar ao máximo a docilidade do animal.
A veterinária relata que em três anos atuando no atendimento aos animais nunca pegou um pitbull agressivo. “É claro que a gente conversa com a animal e tenta deixa-lo mais a vontade. Porém, em geral, essa raça costuma dar bem menos trabalho do que o pincher, por exemplo, ou algumas raças de pequenos orientais, que são bem mais agressivos mas não possuem a força de um pitbull”, compara.
Bom exemplo
O autônomo João Paulo de Souza, 27 anos, tem uma cachorra da raça pitbull há 5 anos, a Kyra, e conta que cuida dela desde filhote. “Minha mãe tinha medo da raça, mas logo que trouxemos ela ainda bebê, ela foi mostrando o quanto poderia ser dócil. Nunca atacou ninguém, é carinhosa até com quem não conhece e faz parte da família mesmo”, relata.
O tutor da Kyra conta que se sente tranquilo para passear com ela em espaços públicos, mas por conta dos repetidos casos de ataques à cães pitbulls na cidade, não tem coragem de deixa-la sozinha. “Não só por isso, a gente tem que ter responsabilidade sobre o animal. Ela é dócil, mas e se ela se sentir provocada ou tiver que agir por instinto, o certo é não arriscar e garantir a segurança, principalmente dela”, finaliza.
Dúvidas
O Centro Médico Veterinário Faron conta com equipe de profissionais de múltiplas especialidades e está à disposição para atendimento da comunidade. Para mais informações: 69 99901-3386.
Fonte: Assessoria Faron