Motoqueiro acusa Natalzinho de atropelamento

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O pintor Gilson José Grigoletto, 25 anos, acusa o desportista José Natal Jacob, o popular “Natalzinho” de atropelamento. Jacob fez parte da diretoria do VEC por muitos anos, foi secretário de Esporte e Cultura de Vilhena e hoje assessora o governador Confúcio Moura na área esportiva do Conesul de Rondônia.

Gilson conta que na noite do último domingo, 4 de setembro, por volta das 19h20, estava conduzindo sua moto Factor, Yamaha, pela Avenida Curitiba, sentido Avenida Presidente Nasser, quando um carro, modelo Prisma, que estava sentido a Melvin Jones, fez um retorno na sua frente. “O carro não deu seta e fez o retorno na minha frente, no meio da rua”, disse Gilson.

Com isso, a vítima revela que bateu na porta do passageiro e foi arremessado por cima do veículo, caindo na frente do carro. A vítima ressalta que o motorista do Prisma, parou por um instante, mas continuou o percurso, passando em cima de sua perna e fugindo em seguida.

Depois disso, Jackeline Zygoski e o namorado, Maurílio Castilho Ferreira, que também estavam de moto e acompanhavam Gilson, perseguiram o motorista. Ela conta que o condutor do Prisma só parou, devido a abordagem de policias, que atendia outro acidente nas proximidades.

Jackeline expõe que testemunhas podem constatar que o motorista do carro era o “Natalzinho”, porém, ele trocou a direção com o outro homem, que também estava no veículo, enquanto fugia.

Ela ainda enfatiza que “Natalzinho” estava alcoolizado e que foi convidado a fazer o teste do bafômetro pela Polícia Militar.

FRATURA NO FÊMUR: 

Segundo Gilson, os médicos disseram que seu caso será encaminhado para cirurgia, visto que fraturou o fêmur direito. Ele revela que após o acidente, o “Natalzinho”, só foi procurá-lo, na terça-feira, 6, de manhã. “Ele esteve aqui rapidamente, perguntou se era eu mesmo que estive envolvido no acidente e deixou o telefone dele”, disse.

O acidentado foi conduzido à cidade de Cacoal, no mesmo dia, porém, disse que a cirurgia ainda não tem data marcada. Gilson espera que o desportista assuma a responsabilidade do acidente e pague suas despesas médicas e materiais.

NATAL ASSUME QUE FUGIU DO LOCAL SEM PRESTAR SOCORRO:

O desportista assumiu que esteve envolvido no acidente, mas enfatizou que não estava dirigindo o veículo e sim um amigo, que não revelou o nome. Ele ainda contesta a versão de Gilson, dizendo que não realizou a manobra no meio da via e explica que o motoqueiro estava em alta velocidade. “Foi ele que nos atropelou. Pelo estrago do carro, dá pra saber o que aconteceu. Mas, a perícia irá emitir o resultado”, argumenta.

Natal conta que no momento do acidente, não parou para prestar socorro, pois na hora que foi abrir a porta, viu pessoas com capacete e pedaços de pau nas mãos. Com isso, ele disse que ficou com medo de acontecer um linchamento e fugiu do local.

Ele esclarece que no momento da abordagem policial, foi convidado a realizar o teste do bafômetro, mas recusou a fazê-lo. “Eu tinha tomado umas cervejinhas meio-dia e fiquei com medo de acusar, por causa do nervosismo, da adrenalina do momento”, justifica.

Depois disso, Natal conta que foi levado a delegacia e realizou todos os procedimentos solicitados. Ele também conta que foi no hospital e se colocou a disposição do acidentado. “Moro há quase 40 anos em Vilhena. Sou um cidadão de bem. Acidente acontece todo dia e agora querem me crucificar, só porque sou uma pessoa pública”, conclui.