Lula realiza cerimônia em memória dos ataques de 8 de janeiro; entenda

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O evento tem como objetivo celebrar a democracia, além de simbolizar a reintegração de várias obras de arte danificadas pelos vândalos durante os ataques

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 Nesta quarta-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderará uma cerimônia no Palácio do Planalto para marcar os dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento tem como objetivo celebrar a democracia, além de simbolizar a reintegração de várias obras de arte danificadas pelos vândalos durante os ataques. No Palácio, serão devolvidas ao acervo do governo peças restauradas, como um relógio histórico e uma ânfora portuguesa, que haviam sido vandalizadas.

A cerimônia será dividida em quatro atos, com a participação de autoridades de diversos poderes, incluindo o Executivo, o Judiciário e o Congresso. A cerimônia será iniciada às 9h30 com a reintegração das obras restauradas ao Palácio do Planalto.

Entre as peças que voltarão ao espaço, estão o relógio de pêndulo do século XVII, que precisou ser enviado à Suíça para conserto, e a ânfora portuguesa, que são destacadas pelo governo devido à complexidade do processo de reparo.

A recuperação do relógio de pêndulo foi um esforço significativo, considerando que a peça histórica foi trazida ao Brasil por Dom João VI e é feita de materiais raros, como casco de tartaruga e bronze. Já a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, será a segunda peça a ser restaurada e apresentada no evento. A tela foi severamente danificada durante os ataques, mas agora retorna ao Planalto depois de ser restaurada.

O quadro “As Mulatas” sofreu rasgos, mas agora poderá ser exposto novamente após a recuperação. A restauração dessas peças simbólicas faz parte do esforço do governo para reparar os danos materiais causados pelos atos golpistas.

A cerimônia contará com a presença de autoridades como o ministro do STF, Luiz Edson Fachin, o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, e representantes das Forças Armadas. No entanto, alguns líderes importantes, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não confirmaram presença, e os presidentes do Senado e do STF também optaram por não participar.

Durante a cerimônia, haverá um momento simbólico, denominado “abraço à democracia”, em que o presidente Lula e os demais presentes se deslocarão do Planalto para a Praça dos Três Poderes. No local, será montado um arranjo de flores com a palavra “democracia”, simbolizando a união dos poderes e o compromisso com a liberdade e a justiça.

O evento será um marco na história política do Brasil, já que, desde o ataque aos Três Poderes em 2023, o país tem trabalhado para restaurar a ordem e fortalecer as instituições democráticas. O ato também tem como objetivo reforçar a importância de proteger a liberdade de expressão e garantir que o Brasil continue avançando no caminho da estabilidade democrática.

O governo também divulgou uma lista com as obras restauradas que serão devolvidas ao acervo da Presidência, incluindo quadros de artistas renomados como Frans Krajcberg, Clóvis Graciano e Armando Viana, entre outros. O evento simboliza, assim, não só a recuperação material, mas também o fortalecimento da democracia e da justiça no Brasil.

Fonte: Notícias ao Minuto