Agentes da Polícia Civil cumprem, nesta manhã de quarta-feira (12), ordem judicial de busca e apreensão em gabinetes da prefeitura de Colorado do Oeste. A operação é acompanhada por servidores do Ministério Público de Rondônia (MP-RO). As informações preliminares revelam que o alvo é o setor de medicamentos da Secretaria Municipal de Saúde. Há suspeita de irregularidades quanto ao armazenamento e no procedimento de entrega às unidades de saúde. Suspeitas de fraude em licitações também são apuradas.
A operação conta com apoio de policiais da Força Tática da Polícia Militar. A reportagem busca mais informações sobre a operação desencadeada nesta manhã.
Em novembro a prefeitura exonerou servidoras por fraudarem os próprios salários, mas o caso não teria relação com a operação desencadeada hoje.
Fraude em pagamentos
Após a instauração de uma sindicância para apurar suspeitas de fraudes na folha de pagamento na Prefeitura de Colorado do Oeste, o grupo de trabalho decidiu pela demissão das servidoras envolvidas no esquema.
A fraude foi descoberta e denunciada por um servidor municipal. A desconfiança, segundo ele, foi percebida quando observava servidores com padrões de vida divergentes da remuneração recebida pela prefeitura. Relembre: Servidoras são afastadas de prefeitura suspeitas de fraude na folha de pagamento
“Comecei a pesquisar no site da transparência e descobri essa fraude. Uma fraude que é realizada há muito tempo. Quando saia o pagamento, a pessoa adulterava os valores do contracheque que era enviado para o banco. Quando compensava no banco, a pessoa apagava os valores alterados e voltava o valor original”, explica.
Uma das servidoras demitidas teria manipulado o próprio salário e o da mãe dela, também servidora municipal.
A remuneração da funcionária, segundo o Portal da Transparência, é R$ 1.987,55. No pagamento de abril, é possível observar que o número 3 aparece antes do adicional quinquênio. Nesse mês a remuneração saltou para R$ 5.174,23.
O que disse a prefeitura
O Executivo Municipal explicou que o caso foi descoberto quando houve a migração do sistema de gestão, sendo comunicado o Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público, e instaurado um Processo Administrativo Disciplinar, que resultou na demissão das servidoras.
Conforme a Portaria 466/2018, o relatório final resolveu aplicar a pena de demissão a servidora lotada na Secretaria de Administração e Finanças, em razão de ter cometido crime contra a administração pública, improbidade administrativa e transgressão do Art. 133, X, previsto no Artigo, e XIII, da Lei Complementar 071/2012.