Será no dia 5 de dezembro o julgamento de Willians Maciel Dias, acusado de ter matado um motorista de 70 anos com uma pedrada, durante a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, em Vilhena. Willians será submetido ao tribunal do júri no Fórum Desembargador Legal Fagundes, em Vilhena.
Atualmente Willians responde pelo crime em liberdade. Na decisão para marcar o júri, a juíza Liliane Pegoraro destaca que a investigação da Polícia Civil concluiu que o acusado teria assumido o risco de matar José Batistela, pois arremessou uma pedra de 2 quilos no para-brisa do caminhão dirigido pela vítima. O ataque foi no km 9 da BR-364, em Vilhena.
Segundo o judiciário, Willian será julgado por homicídio qualificado, pois o recurso usado no crime impossibilitou a defesa de José Batistela. O júri popular está marcado para 5 de dezembro, a partir de 9h.
Procurada pela Rede Amazônica, o advogado José Francisco negou que seu cliente tenha praticado homicídio doloso. Segundo ele, Willians não tinha a intenção de matar o caminhoneiro quando arremessou a pedra.
Willians em liberdade
Em fevereiro deste ano, Willians conseguiu uma autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para responder a acusação de homicídio em liberdade.
A decisão de soltar Willians partiu do ministro Jorge Mussi, do STJ. Na época, o relatou destacou na decisão que não há empecilhos para que o acusado responda o processo fora do presídio, mas determinou que o réu usasse tornozeleira eletrônica como forma de medida cautelar.
Homicídio na greve dos caminhoneiros
O caminhoneiro José Batistela, de 70 anos, foi morto no dia 30 de maio, próximo a um ponto de manifestação na BR-364, com uma pedrada na cabeça. O caminhoneiro carregava madeira e, quando decidiu seguir viagem, foi atingido na cabeça por uma pedra.
Segundo a Polícia Civil, a pedra foi arremessada de baixo para cima por Willians. Ele se entregou no dia 7 de junho e confessou o ataque, mas disse não ter intenção de matar o caminhoneiro.
Conforme as investigações, Willians também é caminhoneiro e estava insatisfeito com o fim da greve da categoria. Após a prisão, a defesa fez vários pedidos de liberdade à Justiça, mas todos foram negados.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) afirma que o réu precisa responder por homicídio doloso, pois a vítima foi surpreendida com a pedra. No ano passado, a defesa de Willians pediu a desclassificação do crime de homicídio doloso para homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – e ainda requereu a exclusão da qualificadora.
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Fonte: Informações do G1