Um menino de apenas dez anos, diagnosticado com um problema grave no coração, foi internado às pressas na UPA de Vilhena no dia 05, e transferido para o hospital regional no dia seguinte, onde aguardava por uma transferência urgente para a capital.
O quadro exigia que o menino fosse levado com urgência para uma UTI pediátrica em Porto Velho e recebesse atendimento especializado de uma cardiologista pediátrica. Diante da gravidade do caso, o pedido de transporte por uma UTI aérea da Secretaria de Saude do Estado, foi feito pelo serviço de regulação do Hospital Regional no início da semana passada e, na sexta feira, por volta das 15 horas, veio a negativa.
Segundo a diretora do Hospital Regional, Cláudia Lucrécia de Matos Silva, o setor de liberação do transporte aéreo informou que o avião estava disponível e por eles, viriam buscar o garoto, mas, alegou que a análise da documentação feita por um médico perito, concluiu que o caso não atendia aos “critérios” para que a aeronave realizasse o transporte.
Diante da negativa, a diretora passou a cobrar da empresa Medicando Serviços Médicos, terceirizada que presta os serviços médicos hospitalares dentro do Hospital, que fizesse o transporte terrestre por ambulância, o que também foi negado, sob a alegação de que o procedimento não era de responsabilidade da empresa.
O vereador Alexandre Damasceno, que acompanhava o caso, acionou a equipe de reportagem do VILHENA NOTÍCIAS, relatando as dificuldades encontradas para a transferência do menino. Nossa equipe foi até o Hospital Regional e constatou a busca da direção do hospital por uma solução urgente.
A diretora chegou a acionar o Ministério Público, mas, o órgão disse que a iniciativa era prerrogativa da Procuradoria do município. Depois de muita discussão com a direção da empresa, a Medicando resolveu atender o pedido. Segundo o médico de plantão na noite de sábado, Dr. Antonio Marcos, que acompanhou o menino até Porto Velho, o quadro do menor é grave e ele precisava ser transferido com urgência.
Segundo o médico, o quadro é de miocardite e derrame pleural. Na sexta feira pela manhã, o coração do menor chegou a 260 de frequência cardíaca, enquanto o normal para pacientes desta idade é de até 100 batimentos por minuto.
Depois de muita discussão, a ambulância foi preparada com oxigênio e outros equipamentos para garantir possíveis procedimentos durante a viagem, caso o menino tivesse alguma alteração grave.