Com a chegada da “época de chuva” na cidade de Vilhena, chega também a preocupação dos moradores de diversos bairros da cidade com os possíveis alagamentos, ruas enlameadas e a falta de escoamento das águas provenientes dos temporais que assolam o município, principalmente no começo do aguaceiro.
O problema é antigo em Vilhena e passou despercebido durante algum tempo por gestores, fato é, que a avenida Paraná, uma das mais prejudicadas com os temporais, chegou a ser batizada de “Rio Paraná”, tão grande foi a enchente no início deste ano.
Bairros mais “nobres” da cidade não escapam da ação da chuva e também têm ruas alagadas. Um exemplo é o Jardim Eldorado, que por falta de um bom saneamento básico, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem, acaba penando.
Moradores dos bairros como o Assossete, Embratel e Parque São Paulo sofrem de maneira diferente. Por lá, o que incomoda de verdade é o lamaçal que se forma a cada chuva que cai.
Felipe de Andrade, morador do bairro Alto Alegre, com sua casa situada a menos de 30 metros da avenida paraná, diz que, morando há onze anos próximo da maior alameda da ‘parte de cima da cidade’, sempre sofreu com alagamentos. “O ano passado, começo de 2019, foi bem tenso. A Paraná realmente parecia um rio a cada chuva. A prefeitura chegou a realizar alguns trabalhos por aqui. Vamos esperar para ver se dará resultado positivo”, disse Andrade.
A Melvin Jones, avenida que corta o maior bairro da cidade também sofre com alagamentos. Um ponto a se observar é a ‘descida’ da água. Por lá, toda água que não entra nos bueiros desce direto para a avenida 743, que por sinal, passa por preparação para receber asfalto.
Posto isso, a reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura municipal de Vilhena, que informou sobre as ações feitas durante o ano, já prevendo as fortes chuvas.
Abaixo, o que foi repassado pela administração sobre, limpeza e expectativa para aquisição de maquinários para 2020.
As principais galerias de escoamento de água nesses locais e em outros pontos da cidade receberam limpeza das máquinas da Secretaria Municipal de Obras, com retirada da terra, entulhos, pedras e vegetação. Essa iniciativa deve permitir que a água escorra com mais facilidade. Atenção especial foi dada às galerias da avenida Celso Mazutti e Brigadeiro Eduardo Gomes, além de várias bocas de lobo nas principais avenidas, que também tiveram as sarjetas e meios-fios limpos para que a terra acumulada não acabe nas galerias em futuros entupimentos.
A Prefeitura prevê a aquisição de cerca de R$ 15 milhões de máquinas e implementos para ano que vem. Isso vai permitir que ainda mais ações de prevenção aos alagamentos possam ser realizadas em 2020 nos vários pontos que, historicamente, acabam tendo água acumulada após chuvas intensas.
