A CPI criada pela Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) para investigar as denúncias contra a empresa Energisa descobriu um termo de cooperação técnica entre a concessionária de energia elétrica a Polícia Civil de Rondônia, no valor de R$ 700 mil. Segundo a comissão criada pela ALE, policiais civis acompanham funcionários da empresa em algumas inspeções em residências de consumidores, abrindo inquéritos policiais mediante acusação de furto de energia através dos chamados “gatos”. Pelo acordo, a Energisa deve repassar o valor como cooperação para a polícia. O presidente da Comissão, Alex Redano (PRB), emitiu nesta segunda-feira (7) recomendação para pôr fim no acordo entre a distribuidora de energia e a polícia.
Sem prisões
Membro da CPI, o deputado Jair Montes critica a parceria entre polícia e Energisa. Na reunião da CPI com integrantes da concessionária de energia elétrica, ontem, o parlamentar mostrou o caso de um consumidor que teria sido preso pela Polícia Civil. Montes leu uma mensagem que chegou o aplicativo WhatsApp de um consumidor dizendo ter sido preso, e que no dia seguinte foi feita a perícia no relógio e o soltaram. O deputado citou o nome do consumidor e do delegado que deu voz de prisão.
Jair Montes revelou que há denúncias de que funcionários da Energisa estariam fazendo “gatos” em relógios, colocando um “fio preto” e depois chamando a polícia para investigar. “Em mim eles aplicaram uma multa de mais de R$ 30 mil logo depois que eu fui escolhido relator da CPI da Energisa”, citou o deputado.
A CPI foi aberta no dia 18 de setembro de 2018. A empresa, às vésperas de completar um ano que assumiu oficialmente a distribuição de energia nos 52 municípios do Estado, enfrenta uma série de denúncias por possíveis irregularidades nos serviços prestados.
Nesta semana o Procon de Vilhena notificou a empresa.
Fonte: Nilton Salina-Decom-ALE/RO