Foi preso em Porto Velho (RO) nesta quarta-feira (27) à tarde o diretor de segurança do presídio Milton Soares de Carvalho (470). Ele transportava drogas dentro de um carro oficial da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Também foi preso na tarde de ontem, na capital, Jesus Maia de Oliveira, padrasto de um chefe de facção, que está preso em outra penitenciária da capital. As informações são da Polícia Civil.
A prisão de Jesus Maia ocorreu durante o cumprimento de busca e apreensão determinada pela Justiça no inquérito que investiga o diretor por suspeita de introduzir drogas e celulares na unidade onde trabalha.
A filha e a enteada de Jesus Maia fazem parte da equipe de trabalho da Secretaria de Justiça e são suspeitas de vazarem informações sigilosas da pasta a apenados do presídio Jorge Thiago (603), segundo a Polícia Civil. Ainda de acordo com informações da polícia, Jesus Maia é padrasto de um detendo do presídio 603, que fica nos fundos do presídio 470. O enteado do diretor é apontado pelas investigações como líder de uma facção criminosa.
No carro oficial usado pelo diretor Milton Soares tinha cerca de 50 invólucros de maconha dentro de caixas de remédio, além de duas armas, uma funcional e outra particular com registro vencido.
Na residência do diretor foram encontrados bilhetes usados por presos e no local de trabalho a polícia localizou receituários médicos em branco, mas assinados por um médico já morto.
O diretor de segurança do 470 foi flagranteado por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Ele pode responder por formação de quadrilha. O caso é investigado na Delegacia Especializada em Assuntos Penitenciários.
Em nota divulgada nesta quinta-feira à tarde, a Sejus diz que já adotou todas as medidas necessárias no caso e que repudia qualquer ato criminoso. O caso é apurado pela Corregedoria da Sejus.
Leia, abaixo, a nota na íntegra da Sejus:
Conforme divulgado na mídia, foi deflagrada operação da Polícia Civil onde supostamente um Agente Penitenciário teria praticado ato ilegal.
A Secretaria de Estado da Justiça esclarece que já tomou todas as medidas administrativas cabíveis e o ocorrido já é objeto de apuração pela Corregedoria da Sejus.
Esta Secretaria repudia todo e qualquer ato criminoso ou contrário ao regramento jurídico vigente e se coloca a disposição para colaborar com as investigações da Polícia Civil.
Fonte: Informações do G1/Rondônia