Em visita a Rondônia na última semana o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu o direito de exploração da Amazônia pelo agronegócio e criticou a fiscalização ambiental de órgãos públicos da região.
Ao ser questionado por repórteres da Rede Amazônica sobre o desmatamento na região, Bolsonaro se limitou a dizer que órgãos de controle ambiental têm intensificado demais a fiscalização, o que impede o desenvolvimento do estado. Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), o aumento do desmatamento no território da Amazônia foi de 22% este ano. Em 2017, o número tinha caído para 21%, interrompendo uma curva de crescimento após cinco anos. Somente em maio de 2018, a floresta amazônica perdeu uma área verde com duas vezes o tamanho de Belo Horizonte. Em relação a maio de 2017, a destruição foi 73% maior.
O candidato foi além, ele disse que há um excesso de áreas protegidas no Brasil e citou como exemplo reservas indígenas e parques nacionais: “atrapalham o desenvolvimento do país”, disse ele.
“O Brasil não suporta ter mais de 50% do território demarcado como terras indígenas, juntamente com áreas de preservação ambiental, com parques nacionais. E essas reservas todas atrapalham o desenvolvimento. Ele citou ainda que o Brasil é o país com maior número de áreas ambientais protegidas por lei.
“Se quer uma licença, por exemplo, até para derrubar uma árvore que já morreu leva 10 anos. Se quer fazer uma pequena central hidrelétrica, é quase impossível. Não podem continuar admitindo uma fiscalização xiita por parte do ICMBio e do Ibama, prejudicando quem quer produzir”, disse Bolsonaro.
Com informações do G1/Rondônia