Familiar considera branda a condenação de homem que mandou matar sitiante por vingança

Motorista de 48 anos, que vingou morte da filha, foi condenado a seis anos de pena para cumprir em regime semiaberto

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O Tribunal de Júri da Comarca de Vilhena condenou, nesta quinta-feira (26), o motorista Edilson Pereira de Oliveira à pena de seis anos em regime semiaberto. Ele, juntamente com Weslen de Oliveira Araújo, ofereceram uma motocicleta e mais 8 mil reais em dinheiro a João Carlos Costa dos Santos para matar o sitiante Erli Teixeira de Abreu. O delito aconteceu em 13 de maio de 2017 no distrito de Novo Plano, região de Chupinguaia.

O crime foi motivado por vingança relacionado a um acidente, em 2015, que vitimou a filha de Edilson e irmã de Weslen. Erli, em estado de embriaguez, pilotava uma moto e atropelou e matou Karina Santos de Oliveira, na época com 19 anos. A moça estava grávida. Julgados em dezembro de 2018, João Carlos foi condenado a 16 anos de reclusão e Weslen de Oliveira a 15 anos e 6 meses. Ambos cumprem pena em regime fechado no Centro de Ressocialização Cone Sul.

Um familiar de Erli disse ao Vilhena Notícias que a pena foi “branda” para Edilson Pereira. “Meu primo teve responsabilidade na morte da moça, mas também tinha família e teve a vida interrompida por vingança. Seis anos, e, fora da cadeira, é leve demais para quem manda matar um ser humano”, lamentou o familiar, que pediu para não ter a identidade revelada.

Sensação de injustiça motivou vingança

Acusado de provocar o acidente de trânsito com vítima fatal, Erli Teixeira foi levado a julgamento em 2016 acusado de homicídio doloso, quando não há a intenção de matar, e recebeu como pena a obrigação de prestar serviços comunitários e ao pagamento de uma multa para a família de Karina. O sentimento de injustiça gerou revolta nos familiares. A família da vítima diz que Erli nunca pagou a indenização e continuou bebendo e pilotando sua moto no distrito.