FUNDEB: “absurdo, desrespeito” declara vereadora Professora Vivian após ser chamada de manipuladora por Japonês por terem reprovado projeto que utilizava recursos do Fundeb

"No momento que o prefeito me acusou de manipular 11 vereadores, isso me deixou constrangida como vereadora, professora e mulher", declara vereadora Professora Vivian

3772

A redação do Vilhena Notícias recebeu na manhã desta terça-feira (14) a vereadora Professora Vivian Repessold (PP), que falou em entrevista sobre a destinação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) que nas últimas semanas se tornou uma preocupação a mais para a classe dos servidores da Educação em Vilhena.

De acordo com a vereadora, a indignação surgiu a partir do momento que o Poder Executivo enviou no dia 06 deste mês o projeto de Lei 6275/2021 que solicitava autorização para abertura de crédito adicional especial, por excesso de arrecadação, no valor de R$ 2.549.858,00 para aquisição de equipamentos e materiais permanentes para atender às escolas municipais, o projeto foi reprovado, o argumento dos parlamentares foi que é inadmissível que apenas no último mês do ano o prefeito tenha notado que precisa ainda haver a compra de materiais permanentes para as escolas do município.

Diante disso, a sugestão que a vereadora Professora Vivian e os demais vereadores deram ao Poder Executivo foi a seguinte, ao invés de utilizar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) para a compra de materiais permanentes, que usasse o recurso próprio da prefeitura, acumulado em 20 milhões, e que os 30% restantes do Fundeb, fossem destinados ao pagamento dos servidores da Educação como forma de valorização dos profissionais, porém, a sugestão não foi bem vinda pelo prefeito e pela secretária de Educação, Amanda Espíndula Areval.

“Além da situação absurda, mais absurdo é o posicionamento da secretária de Educação nessa situação, o ar de superioridade, uma pessoa que deveria instruir o prefeito, orientar, porém fez ao contrário, colocou fogo no parquinho e em vídeo disse que não tinha dinheiro, que não haveria o rateio, um desrespeito com a classe dos servidores, professores e a sociedade”, declara a vereadora Vivian.

Segundo Vivian, esse transtorno com a decisão da destinação do recurso do Fundeb, causou um conflito entre a população e a classe dos servidores da Educação, além da classe estar desamparada. A vereadora diz que, o que ela e os demais parlamentares estão pedindo é a troca do recurso, que seja utilizado o recurso próprio da prefeitura para a compra de materiais permanentes e que os 30% do fundo do Fundeb seja direcionado ao pagamento dos servidores. 

Vivian pontua assertivamente que, não está sendo retirado dinheiro da infraestrutura das escolas, o que está sendo pedido ao prefeito é que, não seja usado o dinheiro do Fundeb de forma irresponsável. Ela explica:

“Ficou confuso na cabeça da população, não estamos pedindo que o prefeito tire do aluno e dê aos professores, mas sim que não tire do professor (30% do Fundeb que sobrou) e que utilize o recurso que a prefeitura, através do recurso próprio para a compra dos materiais permanentes e rateie os 30% para os servidores”.

Referente ao ser chamada de “manipuladora” pelo prefeito Eduardo Japonês (PV), por segundo ele, manipular os vereadores na decisão de reprovar o projeto de abertura de crédito adicional no valor de R$ 2.549.858,00, a vereadora réplica, “Eu nunca faltei com respeito a pessoa do prefeito, nunca vão ver no meu discurso alguma palavra desrespeitosa, no momento que ele me acusou de manipular 11 vereadores, isso me deixou constrangida como vereadora, professora e mulher. Sempre respeitei, houve desrespeito comigo e com a minha classe”.