INTRAMUROS: Após 9 meses de investigação, PC de Vilhena dá início a prisões, buscas e apreensões

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A Polícia Civil cumpriu nesta terça-feira 40 mandados de prisão e busca e apreensão, como parte da Operação Intramuros, desencadeada após nove meses de investigações, iniciadas pela 1ª Delegacia de Vilhena juntamente com a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (DRACO), para acabar com facção criminosa com centros de comandos nos presídios de Rondônia e Mato Grosso do Sul.

São dezessete mandados de prisão e uma busca e apreensão em Vilhena, onze mandados em Porto Velho, dois mandados em Mato Grosso do Sul, entre várias outras cidades do interior do Estado.

Devido ao aumento de roubos e homicídios detectados na cidade de Vilhena, a Polícia Civil reuniu informações e constatou que os crimes envolviam infratores integrantes de facções criminosas, iniciando as investigações, tendo sido identificadas algumas lideranças no Estado em cumprimento de pena no presídio situado nessa cidade.

Segundo a Polícia, durante a investigação, comprovou-se que infratores líderes de facções determinaram roubos e homicídios com ordens dadas por um tribunal do crime, cuja hierarquia, no Estado de Rondônia, tem como líderes presos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Somente durante essas investigações, que iniciaram em maio do ano passado, a Polícia Civil mapeou 8 homicídios tentados e consumados, praticados em Vilhena, Mato Grosso do Sul e Porto Velho, além de tráfico e roubos que também foram mapeados e investigados.

A investigação faz parte da plataforma adotada pela Polícia Civil visando focar as ações no combate às Organizações Criminosas de toda espécie.

O nome Intramuros é um termo utilizado dentro do direito criminal para denominar fatos ocorridos dentro dos muros de um estabelecimento carcerário. Isso faz referência ao fato de, durante a investigação, ter sido constatado casos de mortes de integrantes de facções rivais com requintes de crueldade, onde o chamado “tribunal do crime”, de dentro do presídio (intramuros), determinava inclusive detalhes da execução, como a amputação de membros ou mesmo a decapitação das vítimas.