JEITINHO BRASILEIRO: Áudio vazado evidencia tráfico de influência e possível corrupção ativa de servidor da gestão de Eduardo Japonês

Circulam conversas de uma possível pressão interna para que o prefeito exonere do cargo o servidor envolvido

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Começou a circular desde o início da tarde de hoje nos corredores de repartições públicas do município, conversas de uma possível pressão de correligionários e apoiadores do prefeito Eduardo Japonês (PV), para que ele exonere do cargo de assessor municipal Fábio Coelho Adriano, o “Adriano Vilhenense”. A alegação é de uma suposta “conspiração” do servidor, que ocupa cargo em comissão, contra um dos principais secretários da atual gestão, Afonso Emerick, da Secretaria de Saúde.

Dois áudios vazados em grupos de Whatsapp na manhã desta terça-feira (13) mostram um diálogo entre Adriano e uma pessoa ainda não identificada. Um trecho da conversa é bastante disturbado pela música alta ao fundo, porém, é possível compreender que Adriano teria feito “pressão” para que Emerick assinasse documentos para liberar o pagamento de direitos trabalhistas que a prefeitura deve a uma ex-servidora.

A reportagem conseguiu apurar a identidade da ex-servidora, mas irá preservá-la. Segundo fontes do site, Adriano teria feito a transação de um automóvel com a mulher, mas, para abater parte da dívida que ele ainda tinha com ela, cerca de R$ 2,5 mil, iria intermediar a liberação dos diretos trabalhistas dela, junto ao Executivo.

O site levantou ainda que a ex-servidora foi exonerada da prefeitura no dia 22 de outubro de 2018. Uma outra fonte ouvida, também em condição de anonimato, diz que o áudio original tem 13 minutos. Uma cópia do material já teria sido levada para o Ministério Público de Rondônia, em Vilhena. Se for confirmada a autenticidade do áudio, Adriano poderia ser acusado, entre outras coisas, de tráfico de influência, por supostamente intermediar pagamentos a uma ex-servidora “recém-exonerada”, já que, segundo levantamento da reportagem, existem ex-servidores que desde 2013 aguardam para receber da prefeitura. A atual gestão teria criado um cronograma de pagamentos, dos mais antigos para aos mais recentes.

Na condição de não ter sua identidade revelada, um filiado ao partido do prefeito diz que é “inadmissível um integrante do ‘grupo Japonês’ fazer conspiração dentro da própria casa”. A citação do correligionário refere-se ao trecho em que Adriano, segundo o áudio, menciona uma suposta falta de certidão negativa do atual secretário de saúde. “Se eu tivesse com aquela negativa dele que ele não pode assumir, eu já tinha tirado ele”.

O site busca contato para ouvir a versão do servidor Fábio Coelho Adriano.