Uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em rodovias de Rondônia, apreendeu 464 m³ de madeira ilegal em três dias de fiscalizações. Segundo balanço da corporação divulgada nesta sexta-feira (11), esta foi a maior apreensão de madeira irregular feita pela PRF no estado.
A operação foi realizada em pontos da BR-364 para combater o transporte irregular de madeira, já que, conforme os agentes, a rodovia é a principal rota das madeireiras no estado.
Entre as espécies apreendidas estavam castanheiras, mognos, seringueiras e aroeiras. De acordo com a PRF, por lei, essas espécies apreendidas não podem ser extraídas ou comercializadas no Brasil. A suspeita é que a maior parte da carga seria vendida no sudeste do país.
Segundo a PRF, 17 motoristas foram autuados por fazer o transporte ilegal das cargas durante a operação. Todos assinaram termos de responsabilidade e se condenados, podem pagar multas de até R$ 30 mil.
As madeiras apreendidas foram guardadas no pátio da corporação até a justiça decidir qual o destino delas.
“O sudeste do Brasil já teve sua exploração [de madeira] em quase sua totalidade. O estado de Rondônia, além de ter uma quantidade muito grande de madeira, se agrega o valor ao chegar ao sudeste, onde já estão quase extintas essas madeiras”, explicou o agente da PRF Jussigle Rodrigues.
De acordo com o consultor florestal Adilson Pepino, as apreensões de 464 m³ de madeira demonstram o avanço do desmatamento no estado.
Análise da madeira
Na tentativa de driblar a polícia, as empresas que fazem a extração e comercialização das madeiras, misturam as espécies proibidas com outros tipos que são permitidos.
Por isso, 25 policiais, que atuaram na operação, passaram por treinamentos para saber como identificar a mistura. Dessa forma, cada carregamento foi devidamente averiguado pelos agentes.
“O trabalho é feito identificando a madeira serrada na parte da carga do veículo, tirada uma amostra para ser analisada com uma lupa de amento pelo servidor da PRF, identificando as características da madeira”, explicou o agente da PRF Anderson Idalgo.
Fonte: G1