Uma mulher foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Vilhena, com uma lesão grave na perna, aparentemente causada por uma faca. A situação foi denunciada por uma vizinha, que relatou o ocorrido às autoridades.
Inicialmente, a vítima afirmou que a lesão foi acidental, alegando ter escorregado enquanto segurava uma faca. O companheiro da mulher, que é de origem marroquina, confirmou essa versão, embora apresentasse marcas de arranhões no pescoço, que ele atribuiu a uma discussão entre o casal momentos antes do incidente.
No entanto, os filhos do casal, em depoimentos espontâneos e consistentes, afirmaram que o ferimento na mãe foi causado pelo pai. As crianças relataram ter presenciado o momento da agressão, reforçando a suspeita de violência doméstica.
Diante das evidências e dos relatos das crianças, o homem foi detido, apesar de resistir à condução. A vítima foi encaminhada ao hospital regional para tratamento, enquanto as crianças ficaram sob os cuidados de uma assistente social, aguardando a chegada do Conselho Tutelar.
A vítima optou por não registrar formalmente a ocorrência, alegando dependência do companheiro e preferindo não fornecer informações adicionais. Segundo testemunhas, episódios de agressão são recorrentes, mas a mulher evita buscar ajuda.
A violência doméstica não se limita a agressões físicas; ela pode ser emocional, psicológica, sexual, financeira ou até mesmo digital.
Principais Formas de Violência Doméstica:
Física: Agressões físicas como tapas, socos, chutes, empurrões ou qualquer forma de contato físico que cause dor ou sofrimento.
Psicológica: Ameaças, humilhações, isolamento social, intimidação, manipulação ou qualquer ação que afete a saúde mental da vítima.
Sexual: Qualquer ato sexual forçado ou realizado sem o consentimento da vítima.
Financeira: Controle das finanças da vítima, impedindo-a de trabalhar ou controlar seu próprio dinheiro.
Digital: Monitoramento das atividades online, envio de mensagens ameaçadoras, ou uso de tecnologias para controlar ou humilhar a vítima.
Sinais de Alerta:
Afastamento social: A vítima pode começar a se isolar de amigos e familiares, frequentemente devido à pressão do parceiro(a).
Lesões inexplicáveis: Contusões, cortes ou outros ferimentos sem uma explicação plausível.
Medo constante: A vítima demonstra medo ou ansiedade ao falar sobre o parceiro(a) ou quando está na presença dele(a).
Controle excessivo: O parceiro(a) monitora constantemente onde a vítima está, com quem fala ou até o que veste.
DENUNCIE!
Se você ou alguém que conhece está sofrendo violência doméstica, é essencial buscar ajuda imediatamente. No Brasil, ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou a Central da Polícia Militar (190).
Em Vilhena é possível entrar em contato com a Polícia Militar através do WhatsApp (69) 3322-3935
Lembre-se, você não está sozinho(a), e há recursos e pessoas prontas para ajudar.
