Polícia Civil em Vilhena apura fraude na venda de arroz adquirido pela Prefeitura, destinado a alimentação de milhares de alunos do ensino público municipal.
A indústria investigada, sediada em Cacoal, forneceu dezenas de toneladas de lote de arroz tipo 3 para um supermercado de Vilhena, que por sua vez ganhou licitação e forneceu pra prefeitura, mas a indústria de Cacoal embalou o produto como sendo arroz tipo 1, saindo assim dos padrões exigidos no processo licitatório e fazendo com que os alunos consumissem produto de qualidade inferior, conforme apontado em laudo pericial.
Desde as primeiras horas de hoje, policiais civis da Delegacia de Polícia de Vilhena, com apoio da Delegacia de Polícia Civil de Cacoal, passaram a cumprir mandado de busca e apreensão em uma grande indústria beneficiadora de arroz, no município de Cacoal.
Após denúncia anônima recebida no Ministério Público em Vilhena, no mês de outubro, apontamentos indicaram a qualidade inferior do arroz fornecido para estudantes do ensino municipal.
O delegado de polícia civil regional de Vilhena, durante a investigação, determinou apreensão de amostras lacradas em embalagens de 5Kg em várias escolas da rede municipal e encaminhou para análise pericial.
O que era perceptível a olhos nus foi confirmado pela perícia realizada nas amostras. A prefeitura municipal pagou quase R$ 100 mil para fornecimento de 8 mil sacos de arroz 5kg tipo 1. Mas o produto fornecido foi classificado como tipo 3, que pela sua qualidade inferior sequer é vendido em supermercados.
O que se permite é um percentual de arroz quebradiço e de impurezas de até no máximo 7,5%, mas a investigação apontou que o arroz vendido esse percentual era de 26% de impropriedades. O que classifica o arroz como de terceira qualidade.
Por ser de interesse público, foi ainda representado pela Polícia Civil que, além de busca e apreensão, houvesse bloqueio de mais de R$97 mil em bens da empresa, para que seja assegurado ressarcimento do prejuízo causado na Prefeitura Municipal, o mais breve possível.
A investigação apura crimes contra relação de consumo e, uma vez se constatando intenção na comercialização de produtos irregulares, os responsáveis podem ser condenados até 5 anos de prisão, além de terem que ressarcir eventuais valores de condenação por danos morais e materias causados.
A operação foi batizado de Operação “INSÍDIA”, que remete a “falta de lealdade”. De acordo com as investigações o supermercado que vendo os produtos adulterados, não tinha conhecimento da fraude.