John Rodrigues do Nascimento, acusado de matar o próprio tio e depois concretar o corpo debaixo de uma calçada, foi julgado nesta sexta-feira (17) pelo Tribunal do Júri em Vilhena (RO) e condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver. Segundo a Polícia Civil, John matou a vítima a facadas após uma discussão fútil durante uma ‘bebedeira’.
Crime:
O crime ocorreu em agosto do ano passado e o corpo de Nilton Nascimento foi encontrado 10 dias depois por policiais.
Nilton César estava desaparecido desde o dia 28 de agosto de 2020, quando saiu da casa onde residia com a mãe, no bairro Embratel, para participar de um churrasco na casa do sobrinho. Segundo o delegado, parentes e amigos da vítima estiveram na festa, mas teriam deixado o local antes do crime.
Após o sumiço a família criou uma campanha em mídias sociais para localizar Nilton e, apenas no dia 4 de setembro, um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento foi registrado na polícia.
Na noite 08, de setembro de 2020, o disque denúncia da Polícia Civil recebeu uma denúncia anônima indicando a possível localização dos restos mortais de Nilton. No local indicado na denúncia, foi encontrado o corpo da vítima.
Nilton foi morto no dia 28 de agosto do ano passado com quatro facadas, sendo uma na zona das costas e três no pescoço.
Após o crime, John enterrou o corpo do familiar no quintal, construiu uma calçada por cima e instalou uma churrasqueira para esconder o crime.
Festa em cima do cadáver:
Dias depois do homicídio, o acusado chegou a convidar vários familiares e fez uma festa de aniversário em cima da calçada construída no local onde o corpo de Nilton foi enterrado.
“Eles beberam o dia todo, tomaram banho de mangueira, dançaram e assaram carne em cima do tio… em cima do tio”, contou a irmã de Nilton em uma entrevista à Rede Amazônica na época.
Condenação:
As circunstâncias do crime são graves, levando em consideração que a vítima era tio do réu, além do crime ter sido cometido na residência que pertencia a avó do acusado e mãe da vítima e em relação à ocultação de cadáver. Também são graves pois o acusado não só ocultou o corpo da vítima, além de fazer isto construiu uma churrasqueira em cima do local e, depois disso, fez um churrasco com familiares.
Com base nestas circunstâncias, John Rodrigues do Nascimento foi condenado a 16 anos de reclusão e para o crime de ocultação de cadáver 02 anos.
Por fim, foi aplicado a regra do concurso material e somado as penas, resultou em 17 anos de reclusão e 15 dias-multa, no valor 1/30 do salário-mínimo vigente à época. O réu já se encontra preso e teve o direito de recorrer negado pela juíza.
