Tentando frear privatização funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Negociação entre categoria e estatal começou em julho

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Foi decidida ontem à noite em assembleias realizadas pelo país, a greve nacional dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Valcir da Silveira, delegado sindical que representa os agentes de encomendas de Vilhena, garante que a decisão foi acertada e visa mandar uma mensagem ao governo federal contra o desmonte da estatal: “a empresa tem mais de 350 anos atuação no Brasil e não pode deixar de existir. Os Correios é a única empresa que presta serviços nos mais de 5 mil municípios e distritos, se ele for privatizado milhares de pessoas de pequenas cidades e distritos ficarão sem ter acesso ao serviço de envio e recebimento de encomendas”, garante Silveira. A mobilização busca ainda impedir a redução dos salários e de benefícios dos trabalhadores. A greve é por tempo indeterminado.

De acordo com o delegado sindical, representantes dos trabalhadores e a estatal negociam, desde julho, um novo acordo coletivo para a categoria. A tratativa é feita com mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília mas, empresa e classe trabalhadora não chegam a um acordo. Como explica Silveira em áudio enviado ao Vilhena Notícias; confira.

 

 

Segundo a categoria, o acordo coletivo deveria ser vigente até o começo de agosto e chegou a ser prorrogado até o dia 31 daquele mês, com o comprometimento dos trabalhadores em não paralisar as atividades, porém, não houve uma solução e os Correios não quiseram prolongar por mais um mês o acordo, como propôs a Justiça do Trabalho, e, com isso, os trabalhadores voltaram a se organizar para uma greve.

Em Vilhena, o serviço de atendimento ao público funciona parcialmente. 80% da categoria paralisou as atividades na cidade. Os trabalhadores em greve permanecem de braços cruzados na frente da agência.