UM ANO DE JAPONÊS: Gestão é marcada por críticas e austeridade, mas contas em dia

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Em 1º de julho de 2018, após uma eleição suplementar na qual conquistou 21.520 votos, Eduardo Japonês assumiu como prefeito de Vilhena, e desde então passou por altos e baixos nesses 365 dias.

Polêmico desde o primeiro dia, quando assinou um decreto exonerando mais de 400 servidores da prefeitura, Eduardo acirrou a batalha política entre o grupo de Luizinho Goebel, do qual faz parte, e a oposição do grupo Donadon.

Japonês fez com que os servidores da prefeitura voltassem a trabalhar da 07h00 às 13h00, enquanto Rosani Donadon tinha decretado que os servidores teriam que também cumprir horário no período vespertino.

O atual prefeito, também colecionou inimigos ao não distribuir cargos dentro de sua gestão, muitos disseram que ajudaram ele a se eleger, mas foram esquecidos. Eduardo, justificou que a prefeitura necessitava de um corpo técnico com pessoas capacitadas. Até os dias de hoje, muitos ex-aliados confabulam contra a gestão por conta desse “esquecimento”.

PORTARIADOS

Em sua campanha, Eduardo Japonês soltou que a prefeitura de Vilhena poderia ser tocada apenas com 200 comissionados, porém, em cerca de 65 dias, a prefeitura já estava com 300 portariados e hoje tem mais de 520 servidores em cargos comissionados, número superior a de sua antecessora Rosani Donadon, que chegou a 504.

Porém, a folha de pagamento se mantém abaixo dos 50% do orçamento mensal, o que nunca havia acontecido, segundo a assessoria do prefeito. A porcentagem comprometida com pagamento dos servidores é fruto da tática de salários baixos.

Essa política gerou muito bate-boca e o surgimento de muitos inimigos para Japonês, já que várias pessoas buscavam cargos na prefeitura esperando salários acima de R$ 2.500,00. A maioria que aceitou ficou com R$ 1.600,00 ou 1.200,00.

Importantes líderes de bairro e “puxadores de votos” ficaram de fora e magoados com o atual prefeito.

TROCA DE SECRETÁRIOS

Logo no início de sua gestão, Japonês empossou alguns secretários para assumirem duas ou mais pastas, como foi o caso de Ricardo Zancan, que até hoje é conhecido como o Super-secretário de Japonês, pois acumula as pastas de Planejamento, Terras e Integração Governamental, e na época também, Jovino Lobaz ficou como secretário de Comunicação e Chefe de Gabinete.

Nesses 365 dias apenas Clésio Cássio Costa, ex-secretário de educação caiu, dando lugar a Vivian Repessold. Jovino Lobaz deu lugar no gabinete do prefeito ao pastor Mário Sérgio dos Santos, que logo também saiu e deu lugar a Margarida Duarte.

OBRAS

Entre janeiro e março deste ano, o atual secretário de obras, Carlos Schramm, balançou muito em sua cadeira, e quase caiu, pois a cidade se transformou num queijo suíço, cheia de buracos por causa da chuva e falta de manutenção das vias públicas. No entanto, com o início da estiagem, o secretário conseguiu tapar boa parte dos buracos e realizar patrolamento paliativo em várias ruas da cidade.

E há cerca de uma semana iniciou um trabalho de cascalhamento de 10 cm, que segundo explica a prefeitura, irá suportar as chuvas deste ano, dando menos trabalho à Obras e menos reclamações.

No entanto, ainda existem dezenas de reclamações por conta de vias intransitáveis na zona rural, lâmpadas apagadas e falta de sinalizações nas vias dentro de Vilhena.

O prefeito é questionado por sua austeridade financeira e de cargos dentro da prefeitura, mas nos últimos 40 dias está conseguindo liberar importantes licitações para a área de obras, como o caso da Avenida Rondônia que já está sendo asfaltada, além de manter as contas e salários em dia.

Se conseguir licitar todas as obras que almeja, Eduardo vai conseguir asfaltar importantes bairros como o Cristo Rei, Embratel, Alto dos Parecis, Barão do Melgaço I e II, o que pode lhe render “lucro” para sua reeleição, mas não vai poder inaugurar sequer uma dessas obras.

Ano que vem é ano eleitoral, e a lei eleitoral proíbe que políticos participem de inaugurações durante este ano, e como as obras estão sendo licitadas agora, dificilmente ficariam prontas até o fim do ano. Fato que não acontece no caso da Avenida Rondônia a qual a obra já está sendo executada.

CALCANHAR DE AQUILES

A Saúde vem sendo o grande “calcanhar de Aquiles” da gestão do prefeito, pois com várias conquistas de orçamento, verbas e emendas parlamentares não se consegue arrancar um elogio dos munícipes. O que vem acontecendo é que a cama (saúde) é muito grande para o cobertor (verbas), e quando se tapa um lado o outro ficar descoberto.

Muitas pessoas elogiam o atendimento médico, no entanto, faltam medicamentos básicos e vice-versa, todo elogio por mais positivo que seja, sempre vem com reconhecimento de que precisa melhorar. O mamógrafo que ficou meses parado, pois estava quebrado, foi arrumado pelo secretário de saúde Afonso Emerick, mas já quebrou novamente.

Dentro da gestão, alguns asseclas de Japonês já assumiram que a saúde é um saco de fundo, e a solução é dar o Hospital para o Estado de Rondônia e ficar apenas com a saúde básica em Vilhena.

A verdade é que melhorou, mas não se estabiliza a situação da saúde em Vilhena. E é um ponto que pode dar a reeleição ou não a Japonês. Que inclusive declarou há cerca de 300 dias, que não queria saber de reeleição, mas mudou de ideia, após segurar a “caneta”.