
Após pelo menos 30 dias longe de casa e conquistar duas medalhas sendo uma bronze e uma de prata no Campeonato Mundial de Judô em Nassau, nas Bahamas, Amanda Arraes desembarcou em Porto Velho nesta quarta-feira, 24.
O olhar cansado, resultado de um longo período de treinamento, viagens e combates, não diminuiu o orgulho da atleta em ter no currículo dois pódios internacionais como judoca.
– Foi muito bom! Eu tive um bom resultado. Espero que cada dia mais, eu evolua. Estou levando cada dia como um aprendizado. Você tem que dar o melhor de você. O resultado vem na consequência do seu esforço – avaliou.
Apesar de já estar em solo brasileiro, Amanda não deve descansar tão cedo. A atleta ainda vai percorrer uma distância de quase 500 quilômetros da capital até Cacoal, cidade onde vive com a mãe.
Questionada sobre a vontade de estar em casa e do que a família achou das conquistas, a judoca diz que os parentes são só orgulho e que a saudade é grande.
– Minha mãe está morrendo de saudade, mas eu sei que ela entende. Ela entende que eu tenho que correr atrás do meu sonho, não importa o que aconteça. Mas, graças a Deus, ela tem a certeza que eu estou viajando e competindo e vou voltar para vê-la – disse.
A história de Amanda Arraes no judô começou há oito anos através do projeto social “Judô Comunidade”, desenvolvido em Cacoal.
Por conta dos ensinamentos do sensei Antônio Nunes, a jovem não parou de subir no pódio e no ranking, mesmo que o ideal para ela é colocar os pés nas olimpíadas. Os resultados conquistados em Nassau levaram a jovem ao sexto lugar no ranking mundial.
Amanda competiu no mundial júnior de judô no mundial, ficando em sexto lugar. Traz consigo duas melhadas: uma de bronze na categoria individual e outra de prata por equipe.
Fazer história por Rondônia
Mesmo com conquista no campeonato internacional, Amanda não cogitar deixar Rondônia tão cedo. Ela ressalta o investimento árduo do seu sensei e do seu patriocinador para que a carreira de judoca começasse a decolar.
– Estou tendo um bom resultado e não importa se eu vou ficar 20 horas, dois dias viajando. Não deixo de pensar o que as pessoas fizeram por mim no passado. Por isso mesmo que eu vou continuar em Rondônia. Eu não poderia simplesmente ir embora e deixar de batalhar pelo estado. Eu quero fazer a minha história no estado de Rondônia – salientou.
Fonte: Globoesporte.com