Carlos Suchi visita VILHENA NOTÍCIAS e desmente boatos sobre cotas no Colégio Militar

Na entrevista Suchi desmentiu boato de que 70% das vagas seriam destinadas a filhos de militares

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Em visita ao VILHENA NOTÍCIAS no sábado, 27, o vereador Carlos Suchi (PTN) esclareceu alguns pontos que vem sendo alvo de polêmica para a implantação do Colégio Militar em Vilhena. A autorização para transformar a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Zilda da Frota Uchôa em uma unidade do Colégio Tiradentes da Polícia Militar (CTPM) foi dada pelo governador Confúcio Moura (PMDB), através do Decreto nº 21.968, de 22 de maio de 2017.

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Suchi é o principal articulador para a implantação do Colégio Militar no município e o primeiro ponto destacado por ele, é em relação a suposta cota de 30% das vagas, que seria destinada aos alunos civis, ou seja, aqueles que não são filhos de militares. O parlamentar desmentiu essa informação, que foi inclusive usada por alunos do Zilda, durante um protesto contra a implantação do colégio, realizado na última sexta, 26.

“O Zilda é uma escola já em funcionamento há anos, não foi construída do zero para a implantação do Colégio Militar e não seria justo fazer todos os alunos que ali estudam, irem buscar vagas em outras escolas do município. Essa história de que 70% das vagas serão destinadas exclusivamente aos filhos de militares não procede”, disse Suchi.

Ele também desmentiu o boato de que os alunos teriam que pagar mensalidades, a partir da implantação do CTPM.

Outra questão abordada por Suchi, é em relação aos projetos que são executados pela escola: “Surgiram boatos de que com a implantação da Colégio Militar, todos os projetos em curso no Zilda seriam extintos, mas isso não é verdade. Os projetos serão avaliados e todos aqueles que trazem benefícios aos alunos e à população serão mantidos”, ressaltou.

Os professores que atualmente lecionam na instituição, serão mantidos, garante Carlos Surchi. “Quem será substituído de fato é o diretor da escola. O novo diretor será designado pelo Comando da Polícia Militar. Ele terá que se enquadrar nas normas e condutas do Regimento Interno do Colégio Militar”. Outro ponto positivo segundo Suchi, é que o governador terá que convocar militares da reserva, com formação específica em educação para trabalharem como orientadores.

“Serão três ou quatro, mas isso ainda será definido. Esses orientadores são pessoas que possuem formação superior na área de educação e além do apoio didático, podem ser utilizados em sala de aula em casos de greve. Em outros colégios militares já funciona assim e nesse esquema o cronograma escolar permanece sem ser prejudicado mesmo em casos de greve. As aulas continuam com o suporte dos orientadores”, enfatiza Suchi.

DADOS DO IDEB

Ainda na manifestação da última semana, a aluna Ana Caroline do 2º, disse que “os alunos não viam a implantação da escola militar como benéfica para eles, mas apenas para os militares”.

Em 2007 o governo federal criou o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino.

Para efeito de comparação, o VILHENA NOTÍCIAS realizou consulta para saber a nota do Ideb da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Zilda da Frota Uchôa e do Colégio Tirantes da Polícia Militar de Porto Velho.

No ano de 2015, conforme nota divulgada através do site http://ideb.inep.gov.br a escola Zilda obteve nota 4.4 com projeções para alcançar a nota 5.2 em 2021.  Já a nota do Colégio Militar em 2015, foi de 5.4 com projeções de alcançar 6.1 em 2021. A consulta é referente à nota obtida pelos alunos da 8ª série/9º ano de ambas as instituições.

As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.

Neste panorama, o Colégio Militar da capital ultrapassaria a média estipulada pelo Ministério da Educação com um ano de antecedência.

FUNCIONAMENTO

O CTPM – IV VILHENA, funcionará em dois turnos: Matutino e Vespertino, e oferecerá a Comunidade Vilhenense Educação Básica organizada pelas seguintes etapas e modalidades:  – Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano, Regular; – Ensino Médio do 1º ao 3º ano, Regular; – Educação Especial de Forma Inclusiva.

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação tendo como fonte o Censo Escolar/INEP 2015, a escola Zilda possui 730 alunos matriculados do 5ª a 8ª série ou 6º ao 9º ano, e 460 matriculados no Ensino Médio.

LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA DO PROJETO

 

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FONTE: VILHENA NOTÍCIAS/MEC