Chupinguaia: Bebê morre e família acredita em omissão médica

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Na noite de ontem a pequena Natália Pedroso Estaricoff, de 3 meses, morreu após dar entrada pela terceira vez na Unidade de Saúde (US) do município de Chupinguaia, distante cerca de 130 Km de Vilhena.

Os pais da bebê registraram boletim de ocorrência e disseram que a levaram na manhã de segunda-feira, por volta das 7h30 para US, onde foi atendida pelo médico Geraldo Magalhães de Sá, a pequena Natália apresentava enjôos e o médico disse que a situação era normal em recém-nascidos. No entanto, os pais voltaram ao posto médico às 12h30, pois Natália havia piorado e chegado a vomitar o leite que havia mamado. Ela só foi examinada pelo médico às 14h15.

Nesta segunda oportunidade os pais se queixaram que a criança não havia urinado nem defecado, o médico examinou a barriga do bebê disse que era normal e ministrou seis gotas de tilaflex (relaxante) e pediu um exame de sangue e urina.

O sangue foi coletado, mas como o bebê não urinava o exame de urina não pode ser realizado. Os pais e o bebê foram liberados e aconselhados a irem para casa.

Mas por volta das 17h30, desta segunda-feira, como Natália ainda passava muito mal, seu pai Claudair Estaricoff voltou a Unidade de Saúde e pediu ao medico Geraldo Magalhães que encaminhasse sua filha até Vilhena para ser atendida no Hospital Regional. Contudo, o médico encaminhou a bebê para realizar inalação já que a mesma apresentava uma respiração ofegante e chegou a pedir que fosse providenciado uma ambulância.

No entanto, dois minutos após o inicio da inalação Natália parou de respirar e morreu. Na manhã de hoje o corpo da bebê foi trazido para Vilhena e onde foi realizada sua autopsia, a qual revelou que ela tinha pneumonia e a causa de sua morte teria sido insuficiência respiratória. Assim que a bebê faleceu o médico se ausentou da Unidade de Saúde, segundo ele, diversos familiares da vítima estavam alterados e para não ocorrer nenhum tipo de confusão ele preferiu se ausentar por algumas horas de seu plantão.

Um inquérito será aberto pela delegada da Polícia Civil, Solângela Barros Ferreira, para apurar as suspeitas em relação a conduta do médico.