O relógio funciona como uma metáfora, onde meia-noite representa o fim da civilização. Quanto mais próximos os ponteiros estiverem da meia-noite, maior é o risco de uma catástrofe global. // Reprodução
Porto Velho, Rondônia – O painel internacional de cientistas responsável pelo Relógio do Juízo Final anunciou que a humanidade se encontra a apenas 89 segundos do ponto de aniquilação, um sinal alarmante das múltiplas crises que ameaçam o planeta.
O novo tempo registrado é um segundo mais próximo do que no ano anterior, evidenciando as tensões globais em constante escalada.
“A 89 segundos para a meia-noite, o relógio do juízo final está mais perto da catástrofe do que em qualquer outro momento de sua história”, disse o ex-presidente colombiano e ganhador do Nobel da Paz Juan Manuel Santos, presidente do The Elders, um grupo de grandes ex-líderes.
“O relógio fala das ameaças existenciais que nos confrontam e da necessidade de unidade e liderança ousada para voltar atrás”, disse ele em uma entrevista coletiva em Washington para apresentar as descobertas do conselho de especialistas.
O Relógio do Juízo Final (Doomsday Clock) é um símbolo criado em 1947 pelo Boletim dos Cientistas Atômicos (Bulletin of the Atomic Scientists) para representar o quão perto a humanidade está de uma catástrofe global causada por tecnologias criadas por ela mesma, como armas nucleares, mudanças climáticas e avanços em biotecnologia e inteligência artificial.
O relógio funciona como uma metáfora, onde meia-noite representa o fim da civilização. Quanto mais próximos os ponteiros estiverem da meia-noite, maior é o risco de uma catástrofe global.
A ONG responsável pela manutenção deste relógio foi fundada durante o período da Guerra Fria como um alerta sobre os perigos que poderiam levar à destruição total da vida na Terra.
Guerras e crise climática
O ajuste foi realizado na terça-feira, 28 de janeiro, e reflete a preocupação com a invasão da Ucrânia, o conflito no Oriente Médio, as crescentes consequências do aquecimento global, etc.
Segundo especialistas da Organização Meteorológica Mundial, 2022 foi o ano mais quente já registrado, e a última década incluiu os dez anos mais quentes desde que os registros começaram.
Há um crescente consenso entre os cientistas de que as mudanças climáticas estão ocorrendo em um ritmo mais acelerado do que as previsões anteriores sugeriam.
“Embora tenhamos visto um crescimento notável no uso de energia solar e eólica, o mundo ainda não está conseguindo implementar as ações necessárias para evitar as piores consequências do aquecimento global”, afirmou Holz, enfatizando a urgência de medidas efetivas para enfrentar essa crise planetária.
Fonte: O Antagonista