
Onze israelenses especialistas em combate ao fogo pousaram por volta das 20h06 (hora local) na Base Aérea de Porto Velho, nesta quinta-feira (5), para auxiliar nos trabalhos contra as queimadas na região Norte. A previsão inicial de chegada era às 19h30. Às 19h, outros 39 militares do Acre desembarcaram na capital Irondoniense.
De acordo com o Exército, os israelenses são bombeiros com experiência em ações contra queimadas. Para ajudar nos trabalhos na Amazônia, o grupo trouxe equipamentos de alta tecnologia.
Na próxima sexta-feira (6), os bombeiros israelenses devem apresentar os materiais trazidos à 17ª Brigada no Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O Exército não forneceu detalhes sobre os tipos de equipamentos, mas disse que entre os objetos há drones.
A informação sobre a chegada do reforço foi repassada na tarde desta quinta pelo general Luciano Batista de Lima, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, durante coletiva de imprensa sobre o balanço da Operação Verde Brasil. A ação completou 11 dias.
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Nesse 11 dias de Verde Brasil, R$ 4,5 milhões de multas por desmatamento foram aplicadas pelos órgãos fiscalizadores que atuam na operação, segundo o Exército.
Luciano Batista reiterou também que as equipes combateram incêndios de grandes proporções em mais de 40 locais e apreenderam 40 metros cúbicos de madeira. O Exército não soube precisar quilômetros ou hectares das áreas desmatadas por causa das queimadas.
“Porque há desmatamentos ocorridos em anos anteriores. Muitas vezes a área é desmatada no ano anterior e a queimada ocorre quase um ano depois. Então é muito difícil precisar área desmatada”, mencionou o general.
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Ainda de acordo com o general, os incêndios em Rondônia estão controlados. “Com certeza estamos com uma situação bastante confortável em Rondônia e no Acre, mas a situação em outros locais da Amazônia Legal onde não choveu e o combate às queimadas pode ser mais difícil por razões operacionais, pode ser que a operação se prolongue”, acrescentou.
Conforme o Exército, dos seis aviões Hércules C30 enviados à região pela Força Aérea Brasileira, o único que ainda estava em Rondônia retornou ao Rio de Janeiro (RJ).
Somente pela 17ª brigada, 1.050 militares do Exército atuam na operação. Conforme o general Luciano Batista de Lima, juntando com equipes da Força Aérea Brasileira, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental, da Polícia Militar, do Ibama, do ICMbio e a Força Nacional, o Exército estima que há 1.202 combatentes, entre homens, mulheres, militares e civis.
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Ações de combate
A Operação das Forças Armadas em Rondônia tem o objetivo de cumprir a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no dia 23 de agosto.
Em Rondônia, o Exército está oficialmente à frente da Operação Brasil Verde desde 24 de agosto. Segundo o general Luciano Batista de Lima, o maior obstáculo encontrado na ação é a dimensão da Amazônia.
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“Das nossas instâncias que nós temos que percorrer para combater o fogo. Isso em termos de operação, de prática de operação, pode ser em um momento de um ponto de incêndio identificado com a equipe de deslocando, mesmo por meios aéreos, ao chegar no local o incêndio pode já estar controlado, porque ele chegou ao local e não prosseguiu, ou o incêndio pode aumentar porque a nossa logística é menor”, explicou.
Oito pessoas foram presas na primeira semana de ação contra os incêndios no estado. Entre as apreensões divulgadas pelo Exército constam: cinco motocicletas, 41 m³ de madeira, um caminhão, uma motosserra, uma espingarda e quatro cartuchos não deflagrados. A estimativa é que R$ 994.775,00 em multas foram aplicadas no período.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) instaurou um procedimento no dia 28 de agosto para acompanhar as ações de políticas públicas voltadas ao combate das queimadas urbanas e rurais em Porto Velho.
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As queimadas na região da Amazônia registraram aumento de 82% entre janeiro e agosto deste ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Dados do órgão também mostram que, antes mesmo do final do mês, agosto já registra mais focos de queimadas na Amazônia que a média dos últimos 21 anos.
Fonte: G1/Rondônia