Na última quarta-feira, 4 de outubro, o Vilhena Notícias publicou uma matéria, embasada no boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil, que retratava um rapto de uma criança.
Na publicação, uma adolescente de 13 anos teria raptado uma criança de 5 anos de idade, no Jardim Primavera. Com isso, a Polícia Militar foi acionada, ouviu testemunhas e começou a procurar a criança desaparecida.
Durante as diligências, a PM encontrou a adolescente com a criança na garupa de uma bicicleta, na Rua 1508, esquina com a Avenida 1501, no Bairro Cristo Rei.
MÃE AFIRMA QUE FILHA NÃO RAPTOU CRIANÇA
A professora Sandra Olindina Moreira, 42 anos, entrou em contato com a redação do Vilhena Notícias para dar sua versão dos fatos.
Desta forma, a reportagem foi até a Rua Pernambuco, onde Sandra enfatizou que não houve rapto. Ela explicou que sua filha juntamente com outras pessoas da família estava numa sorveteria, localizada na Avenida Rondônia.
No momento que estavam na sorveteria, Sandra disse que a criança apareceu no local sozinha. “Ela chegou lá sozinha, mas eu a conheço, pois fui sua professora”, explicou.
Depois disso, Sandra contou que deu sorvete para a criança e que após, sua filha adolescente foi dar voltas de bicicleta com a menina. A professora afirma que sua filha levou a criança na Igreja do Evangelho Quadrangular e que depois estava trazendo a menina para casa.
“Eu ia levar ela na casa dela”, disse a adolescente. Contudo, neste percurso a polícia encontrou ela e pediu para parar. Sandra disse que foi atrás da filha e que chegou no momento da abordagem da polícia.
A professora explica que não sabe quem chamou a polícia e nem porque fizeram isso, visto que a mãe da criança a conhece e sabe quem é sua filha.
Ela também questiona a falta de policiais femininos para fazer a apreensão e declara que sua filha não agrediu o policial. “Ela se assustou e caiu. Ela não agrediu o policial. Ele sim, que xingou minha filha e não deixou ir junto com ela para a delegacia”, ressaltou.
MÃE DA CRIANÇA DE 5 ANOS, DISSE QUE FILHA DESAPARECEU
A vendedora Lidia Rosa da Silva, 28 anos, disse que sua filha estava dentro do quintal, quando a adolescente chegou ao portão e chamou-a para tomar um milk shake.
Lidia não teria visto este momento, mas o pai, o pintor Antonio Carlos Antunes, 34 anos, expôs que sua filha o comunicou, dizendo que iria sair com uma amiga e voltaria logo.
Mas, com a demora do retorno da filha, os pais começaram a procurá-la, com ajuda dos vizinhos, mas não conseguiram localizar a menina.
Neste período, Lidia revelou que conversou com Sandra e avisou a ela que iria chamar a polícia. No entanto, Sandra teria pedido para não comunicar a PM, pois o caso logo estaria resolvido.
Porém, a PM foi acionada e a avó da criança, Anizia Rosa da Silva, 71 anos, foi junto com os policiais procurar a neta, enquanto os pais e vizinhos também faziam a a busca.
Anizia conta que quando a PM encontrou a adolescente, eles pediram para ela parar 3 vezes, mas ela não obedeceu. Com isso, um policial saiu da viatura para falar com a adolescente. “Ela jogou a bicicleta, com criança e tudo em cima do policial e depois se jogou no chão”, disse.
A criança não teve ferimentos, ao contrário da adolescente e do policial, que apresentaram lesões depois da abordagem.
Desta forma, a mãe da adolescente afirma que irá procurar o Ministério Público e formalizar uma denúncia retratando a forma pela qual sua filha foi tratada pelas autoridades.