Ouvido pela reportagem do VILHENA NOTÍCIAS na tarde desta terça-feira, 18 de dezembro, o diretor geral do Presídio de Vilhena, Valdir Tavares Rosa, negou que esteja sendo servida comida estragada aos detentos e ainda explicou o que motivou a suspensão das visitas.
O caso repercutiu após pequena manifestação de mães e esposas de apenados na manhã de hoje, 18, em frente à Casa do Egresso, pedindo para que lhes fosse dada uma explicação sobre a suspensão do direito à visita de noventa e oito detentos na próxima sexta-feira, 21.
De acordo com as manifestantes, a visita teria sido suspensa pois, alguns detentos teriam despejado a comida servida nos corredores do presídio, já que os alimentos estavam estragados. “Eles estão servindo carne estragada, a comida está azeda e tem até mosca”, disse Vânia Paula Miranda, cujo marido está detido no local.
O diretor geral do presídio, Valdir Tavares Rosa, informou que a empresa responsável pela alimentação dos apenados, a Bandolin, segue orientações de uma nutricionista e o preparo das refeições é realizado de acordo com contrato que a empresa tem com o governo. Não há muitos tipos de temperos e o cardápio acaba ficando menos saboroso, principalmente a carne.
“Não é aquela carne gostosa pois além de ser feita em grande quantidade não fica tão temperada”, observou.
Com isso, na noite de ontem, 18, quando o jantar foi servido, os detentos da Ala B se negaram a ingerir os alimentos contidos na marmita, alegando que estavam estragados e que a carne estava podre.
O diretor relatou que ao examinar as marmitas não foi encontrado nenhum alimento estragado, porém, como a carne realmente não é muito saborosa, entrou em contato com a empresa Bandolin e marcaram uma reunião juntamente com dois detentos de cada ala, para escolher um cardápio que pudesse agradar o maior numero de detentos,visto que só a Ala B havia se negado a comer na noite de ontem.
Presos fazem rebelião
Segundo Tavares, mesmo após o combinado, os apenados exigiram que fossem providenciados outros alimentos para o jantar. Com o pedido negado pela diretoria, os presos se rebelaram e começaram a jogar a comida das marmitas no chão e nos agentes, gritando com eles e os agredindo também com chinelos.
Todos os manifestantes foram punidos por atos de indisciplina. Dentre eles, 12 homens foram identificados como líderes da rebelião e foram encaminhados para as celas de isolamento, onde permanecerão por 15 dias. Além dos líderes, todos os demais detentos da Ala B, que totalizam 98 presos, ficarão sem as visitas não só na sexta-feira, 21, como também no sábado, 22.