No último sábado, 21 de maio, o andarilho Ari Filho Terra foi preso em Comodoro, acusado de sequestrar a menina Lorrayne Sarah da Silva. Contudo, o seqüestrador deu nome falso à polícia e na verdade se chama Pedro dos Santos Grisoski e já tem varias passagens pela polícia, inclusive por crimes sexuais contra crianças.
De acordo com informações da Polícia Civil de Vilhena, Pedro dos Santos Grisoski, 50 anos, é originário do Rio Grande do Sul e desde 1989, vem cometendo crimes.
Pedro ganhou a acunha de “Maníaco de Itororó”, em 2008, quando atacou uma menina de 8 anos e levou-a para um matagal no Bairro Jardim de Itororó, situado na cidade de Várzea Grande, Mato Grosso. Na ocasião, o acusado não consumou o abuso, porque ouviu um barulho e decidiu abandonar a vítima.
Depois de uma semana do ocorrido, Pedro foi preso em flagrante, ainda em Várzea Grande, com uma menina tambem de 8 anos. Ele teria seqüestrado a criança, no momento em que ela e seu irmão gêmeo saíram de casa para comprar balas num bar. No percurso, o maníaco a abordou e lhe ofereceu dinheiro para soltar pipa, próximo do local. A garota recusou, mas Pedro a colocou numa bicicleta mesmo contra sua vontade e a arrastou para um matagal.
Com as informações do irmão da menina, moradores e policiais iniciaram uma busca na região. Durante a procura, eles encontraram uma espécie de caverna, onde se deparou com Pedro, que tentou fugir, mas foi preso sem as calças. A menina ficou sequestrada durante 9 horas e exames médicos constataram indícios de violência sexual.
O sequestrador foi autuado por atentado violento ao pudor e estupro presumido, uma vez que a vítima tinha menos de 14 anos. No entanto, na ocasião da prisão, em 2008, a Polícia de Várzea Grande descobriu que Pedro já era fugitivo da Justiça de Santa Catarina.
Depois disso, em janeiro de 2011, Pedro fugiu do presídio de Carumbé, localizado em Cuiabá, Mato Grosso. Após a fuga, ele teria perambulado por cidades como Campo Novo, Sapezal, Comodoro, até chegar a Vilhena e voltar a praticar crime contra crianças.
A menina Lorrayne ficou durante 9 dias sob a tutela do “Maníaco de Itororó”. Informações do SEVIC (Serviço de Investigação e Captura) dão conta que ele teria mantido a criança em cárcere privado, durante uma semana, numa casa em Vilhena. Depois deste período, o acusado levou Lorrayne para Comodoro.
Na cidade matogrossensse uma moradora reconheceu Lorrayne, pois tinha vindo a Vilhena fazer compras e visto cartazes dela, como desaparecida. Logo em seguida, acionou a Polícia Militar, que entrou em contato com a Polícia Civil, conseguindo solucionar o caso e prender o “Maníaco de Itororó”.
Apesar de ter sob sua tutela a criança que ficou boa parte de seu sequestro amarrada, o sequestrador não teria consumado ato sexual. No entanto, a mãe de Lorrayne, Marta Ferreira da Silva, revelou que Lorrayne disse que todos os dias o seqüestrador ficava esfregando suas partes intimas nela. Marta ainda afirmou que um exame ginecológico foi realizado em Lorrayne, comprovando que ela não foi estuprada pelo acusado.
Uma equipe do SEVIC foi até Comodoro, hoje, para conversar com o acusado, objetivando averiguar como sucedeu o sequestro de Lorrayne e identificar a casa onde a criança ficou presa em Vilhena.
Foto:Delegacia de Polícia Civil de Vilhena/Kanitar Oberst
Fonte: Diário de Cuiabá