Na manhã de hoje o jornal Hoje Rondônia divulgou uma nota fiscal a qual mostra a compra de 13 mil Kg de soja, da categoria “Cristalina em grão para industrialização de leite de soja com secagem de 10% de umidade e 1% de impureza” diretamente do Mercado Sanches.
A cópia da nota fiscal emitida pelo Mercado Sanches levanta outra dúvida, teria tal mercado localizado no setor Embratel, capacidade para estocar 13 mil Kg ou de onde o mercado teria adquirido tamanha quantidade de soja?
O jornal Hoje Rondônia publicou que a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) teria comprado a soja superfaturada já que no dia da compra, a saca da soja era vendida por R$ 28,00, porém foi paga pela prefeitura no valor de R$ 93,00.
Ainda ontem a primeira-dama, Lizângela Rover, secretária da SEMAS em março de 2010, quando a soja foi comprada, disse que iria processar o jornal por denuncia infundada e calúnia. Lizângela ainda alegou que a denuncia é tão descabida que nunca iria fazer o processamento de soja impura (imprópria para consumo humano), a qual seria distribuída para as crianças e famílias carentes do município.
Não existe soja imprópria para consumo humano
A Embrapa revela que não existe soja imprópria para o consumo humano, já que antes de alimentar pessoas e animais, a soja passa por um processamento. Ninguém come a soja crua explica o site da Embrapa (WWW.cnpso.embrapa.br).
A composição da soja é 40% proteína, 20% lipídeos, 5% de minerais, 34% carboidratos. O que sobra é um por cento de impureza.
De acordo com nota fiscal do Mercado Sanches, a prefeitura cotou, comprou e pagou por soja comum, porém, com um preço 332% mais caro.