Justiça alega que dinheiro tem origem de crime e mantém bloqueio em conta do ex-vereador Jairo Peixoto

No pedido protocolado por Jairo, ele alega que tais valores foram apreendidos de uma conta poupança e se trata de salário.

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A 1ª Vara Criminal da Comarca de Vilhena, indeferiu nesta segunda-feira, 17 de julho, o requerimento do ex-vereador Jaldemiro Dedé Moreira que pedia o desbloqueio de valores apreendidos de sua conta bancária através do Bacenjud – um sistema que interliga a Justiça ao Banco Central e às instituições bancárias.

A conta do ex-parlamentar foi bloqueada ainda em 2016, após sua prisão no curso da Operação “Tropa de Choque”, da Polícia Federal (PF) que apurou um esquema de pagamentos de propina para que os vereadores daquela legislatura aprovassem novos loteamentos na cidade. Jairo e outros 7 vereadores são acusados de crimes de corrupção. O processo tramita na 1ª Vara Criminal.

No pedido protocolado por Jairo, ele alega que tais valores foram apreendidos de uma conta poupança e se trata de salário.

A juíza Liliana Pegoraro Bilharva acatou o posicionamento do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), que justificou a apreensão do dinheiro por se tratar de valores oriundos de crime. A MP ainda afirma que não há nos autos nenhum elemento que prove que o dinheiro seja proveniente de salário.

Em um trecho da decisão a juíza destaca que “outro fato que chama a atenção é que tal bloqueio foi feito em novembro/2016, mas somente agora é que o requerente [Jairo] alega que os valores são provenientes de verbas salariais. Tal fato causa estranheza, ora se tais valores realmente são verbas salariais por que esperar tanto tempo para só agora requerer o desbloqueio dos mesmos”.

FONTE: VILHENA NOTÍCIAS