Mais de R$ 10 milhões investidos e nenhum benefício à população; confira obras públicas paradas em Vilhena

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Por
Renato Spagnol

A repórter Mara Carvalho da TV Allamanda de Vilhena, realizou no início de abril, uma reportagem sobre obras paradas e prédios públicos inutilizados pelo Município. Somadas as obras totalizam mais de R$ 10 milhões em investimentos.

A reportagem define as obras como “elefantes brancos”, uma expressão utilizada para classificar algo valioso ou que custou muito dinheiro, mas que não possui utilidade para a sociedade.

 

UPA 24h

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Porte II, construída no setor 6, Parque Industrial São Paulo, através de convênio com o governo federal, custou aos cofres públicos R$ 2.175.956,97. A UPA deveria desafogar o atendimento no Hospital Adamastor Teixeira de Oliveira (Hospital Regional).

A obra teve início em 2014 e foi concluída em agosto de 2016, mas ainda está fechada e não oferece benefícios aos vilhenenses. A expectativa é que a UPA comece a funcionar a partir de julho.

A prefeitura informou que estão sendo licitados R$ 8 milhões para a aquisição de equipamentos para a UPA.

 

VERDURÃO AMAZONAS

O prédio que pertence à prefeitura de Vilhena, está localizado na avenida Sergipe, no Parque Industrial Novo Tempo, Setor 19, às margens da rodovia federal 174.

A anterior gestão chegou a usar as instalações do Verdurão para depositar pneus descartados ao longo de 2015 e 2016, mas precisou liberar o local após ordem do Ministério Público Estadual. De lá para cá, o prédio nunca mais foi usado pela administração municipal.

Em janeiro deste ano, o então secretário de trânsito municipal, Wagner Wasckzuck Borges, acompanhado do vice-prefeito Darci Cerutti (DEM) e do secretário de indústria e comércio, Faiçal Akkari, visitou o local e divulgou que o prédio seria usado para abrigar a Secretária Municipal de Trânsito.

O local continua abandonado e há indícios de que vem sendo frequentado por usuários de entorpecentes. Em abril a prefeitura informou que o local será reestruturado e deverá abrigar algumas secretarias do município.

 

ABATEDOURO DE AVES

Foi construído no Setor D, área rural de Vilhena em 2015 o prédio para abate de aves. A obra avaliada em R$ 108.941,00 beneficiaria cerca de 160 famílias da Associação Corumbiara Nova.

Em maio de 2015 o prefeito à época se reuniu com os integrantes da Corumbiara Nova para anunciar a entrega do abatedouro, mas isso não ocorreu. Hoje, a obra encontra-se abandonada e vem sendo alvo de vândalos.

A prefeitura informou que a atual gestão não pretende usar a obra como abatedouro de aves, pois não possui a estrutura adequada. A prefeitura informou ainda, que trabalha junto à JBS para viabilizar a implantação de um frigorífico de aves no município.

 

LABORATÓRIO MUNICIPAL

O Laboratório Municipal de Análises Clínicas teve suas obras finalizadas em 2015, mas nunca entrou em funcionamento. O prédio foi construído na BR-174 (Av. Jô Sato) ao lado do Hospital Regional.

A obra de aproximadamente 140 m² com recursos unicamente do município, ultrapassou a casa dos R$ 100 mil. Não há previsão para que este laboratório entre em funcionamento.

 

CENTRO ESPECIALZIADO DE REABILITAÇÃO

Com uma área total de 1.945.90 m², o Centro Especializado de Reabilitação (CER) é mais uma obra infrutífera até o momento para o contribuinte vilhenense.

O prédio construído no cruzamento da avenida 50 com a rua Carlos Schmoller no bairro Jardim Eldorado, custou R$ 4.931.643,85 milhões. A obra foi realizada através de convênio firmado entre o governo municipal e federal.

O CER (Foto) deveria contar com uma estrutura moderna e atendimento médico especializado, nas áreas de otorrinolaringologia, ortopedia, neurologia, psiquiatria, oftalmologia, fonoaudiologia, psicologia, fisioterapia e terapia ocupacional. À época, o centro foi anunciado como um marco para Vilhena, uma vez que existem apenas 8 centros com essa especialidade no país.

De acordo com informações obtidas pela reportagem do VILHENA NOTÍCIAS, o Centro receberia uma ajuda de custo operacional de 35%, sendo que os outros 65% ficariam a cargo da prefeitura e isso inviabilizaria o funcionamento do CER no prédio construído no Jardim Eldorado.

Hoje, o CER funciona em uma estrutura no bairro Jardim América.

 

UNIDADE BÁSCIA DE SAÚDE DO SETOR 12

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Tipo II construída no Setor 12, teve um custo de R$ R$ 509.950,02 mil.

A obra está pronta desde outubro de 2014, mas nunca entrou em funcionamento. A UBS deveria atender moradores dos Setores 12 e 13, Bairro Ipê e Setor Chacareiro. O Centro de Saúde mais próximo para atender os moradores destas localizados está a cerca de 4 quilômetros de onde moram.

A previsão é que a USB seja inaugurada até junho.

Para assistir a reportagem produzida pela TV Allamanda clique aqui.

 

 

FONTE: VILHENA NOTÍCIAS