Governador cria centro integrado para combater queimadas e incêndios florestais

CINAN será composto por vários órgãos do estado. Atuações se concentrarão principalmente nas proximidades das reservas.

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Incêndio de proporção média atingiu área no perímetro urbano de Vilhena no último sábado. (Foto: Renato Spagnol)

O governo de Rondônia autorizou, através do Diário Oficial (Diof), a criação do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (CIMAN). O objetivo desta sala de situação é desenvolver ações de monitoramento, prevenção e combate imediato de queimadas não autorizadas. O Diof foi publicado no fim da tarde de segunda-feira (26).

Segundo o governo de Rondônia, o Centro foi criado por causa da necessidade de reduzir as incidências de queimadas em Rondônia e, consequentemente, seus impactos ao meio ambiente e população.

O CIMAN será formado pelo coordenador estadual de Defesa Civil e um representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), além do comandante operacional do Corpo de Bombeiros, Secretaria de Estado da Segurança Defesa e Cidadania (Sesdec) – preferencialmente do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) -, Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar (BPA), representante da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e Casa Civil.

Esta equipe, de acordo com o governo, deverá monitorar áreas de risco de desmatamento e queimadas não autorizadas e incêndios florestais, sejam estes nas áreas protegidas federais, estaduais e municipais, florestas públicas e demais áreas rurais.

Ainda conforme o poder executivo, áreas próximas de reservas florestais terão prioridades neste monitoramento.

O CINAM formará ainda um Comando Unificado para casos de incêndios florestais de médio e grande porte. Para combate das chamas, esse comando utilizará a doutrina do Sistema de Comando de Incidentes (SCI)

O governo diz que também vai convidar outros órgãos para integram o CIMAN em Rondônia, como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio),Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria (Incra), Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Base Aérea de Porto Velho, secretarias municipais de Meio Ambiente, além de organizações não governamentais.

A atuação do CIMAN no estado deve seguir até 31 de outubro.

Operação

Na sexta-feira (23), o governo do estado tinha iniciado a operação Jequitibá, com objetivo de combater as queimadas no estado.

Ação do Exército na reserva Jacundá, em Porto Velho — Foto: EB/Divulgação
Ação do Exército na reserva Jacundá, em Porto Velho — Foto: EB/Divulgação

Porém, na segunda-feira (26), o Exército Brasileiro assumiu os trabalhos de contenção das chamas, com objetivo de cumprir a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Nesta operação o Exército terá apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que desde sábado (24), vem utilizando aeronaves para jogar água nos locais com focos de incêndio, incluindo a reserva Jacundá.

Queimadas na Amazônia

As queimadas na região da Amazônia registraram aumento de 82% entre janeiro e agosto deste ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Dados do órgão também mostram que, antes mesmo do final do mês, agosto já registra mais focos de queimadas na Amazônia que a média dos últimos 21 anos.

Fonte: G1/Rondônia